Sem provas, Maduro diz que eleições brasileiras não são auditadas

24 julho 2024 às 12h55

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Nicolás Maduro, líder da Venezuela, criticou os sistemas de votação do Brasil, Estados Unidos e Colômbia em um comício na noite de terça-feira, 23, no estado de Aragua. Ele afirmou que as eleições nesses países não são verificadas, sem apresentar provas, e destacou que a Venezuela possui “o melhor sistema de votação do mundo”. Maduro disse que são realizadas 16 verificações, incluindo uma em tempo real de 54% das urnas.
Ele também questionou se esses países realizam auditorias semelhantes. No dia seguinte, Luiz Inácio Lula da Silva expressou preocupação com as declarações de Maduro sobre possíveis conflitos se ele perder as eleições marcadas para domingo, 28. As eleições são observadas com atenção na região por representarem uma possível mudança após uma década sob Maduro e o chavismo desde a ascensão de Hugo Chávez em 1999. Pesquisas indicam que o candidato da oposição, Edmundo González, lidera com 60% das intenções de voto, enquanto Maduro tem entre 25% e 28%.
Maduro respondeu às críticas dizendo que suas declarações foram apenas uma reflexão, sem mencionar Lula diretamente. Ele afirmou que na Venezuela irá prevalecer a paz, o poder popular e a união cívico-militar-policial.
No Brasil, o boletim de urna é um comprovante impresso emitido pela urna ao final da votação, que resume os votos registrados. Ele permite que as pessoas e os partidos verifiquem imediatamente os resultados e garantam a correta transmissão e totalização dos votos.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela convidou organizações sociais brasileiras simpáticas ao chavismo para observar as eleições e fez um convite ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para enviar uma missão de observação, inicialmente recusada, mas posteriormente aceita com a participação de dois representantes. Lula anunciou que Celso Amorim, seu assessor especial para assuntos internacionais, irá à Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais.
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