Secretário destaca melhoria no atendimento com implantação de OSs na saúde
21 dezembro 2015 às 17h14

COMPARTILHAR
Em apresentação de balanço anual, Leonardo Vilela informou que unidades hospitalares com gestão feita por Organizações Sociais tiveram serviços reconhecidos

Desde que as Organizações Sociais (OSs) passaram a gerir unidades de saúde do Estado em Goiás, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) – entidade não governamental que certifica a qualidade dos serviços de saúde no Brasil – tem atestado a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes.
A informação foi dada pelo secretário estadual de Saúde Leonardo Vilela nesta segunda-feira (21/12) durante a apresentação do balanço anual da Pasta. Segundo Daniel, o Hospital Alberto Rassi (HGG) e o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) têm certificado ONA 2, o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e o Hospital da Região Sudoeste são classificados como ONA 1.
Leonardo Vilela ressaltou também que entre 2011 e 2015, as unidades de saúde estaduais tiveram aumento de 98% nos atendimentos ambulatoriais, 39% no número de cirurgias, 80% nas internações de enfermaria e 64% nas internações em UTI.
“Continuamos investindo os mesmos 12% do orçamento em saúde, que é o percentual estabelecido pela Constituição. No entanto, conseguimos não só aumentar a produção como também melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”, afirmou.
O secretário destacou ainda a entrada em funcionamento do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), que de julho a novembro atendeu 17.720 pacientes, realizou 4.793 cirurgias e mais de 127 mil exames.
A unidade, que possui Banco de Sangue próprio, com capacidade para duas mil transfusões por mês, Centro de Queimados, atendimento em urgências clínicas e traumatologia pediátrica, apresentou índice de satisfação dos usuários superior a 97%.
Leitos
Os dados apontam que mesmo com o aumento de 36,87% na oferta de leitos na rede própria da SES-GO entre 2011 e 2015, houve neste período uma redução de 10,17% na oferta geral de leitos SUS no Estado. Em outubro de 2011, haviam em Goiás 12.455 leitos de internação do Sistema Único de Saúde.
Em outubro deste ano, esse número havia caído para 11.188. Essa é uma questão que preocupa, o que segundo o secretário se deve principalmente à defasagem na tabela do SUS.
Leonardo Vilela disse que há mais de oito anos a tabela não é reajustada. “Com isso, os hospitais privados estão se endividando ou deixando de atender pelo Sistema Único de Saúde. Os filantrópicos estão à beira da falência, o que ocorre em todo o País. E muitos municipais estão fechando as portas.”
Os leitos gerais de UTI no Estado tiveram aumento entre 2011 e 2014 e neste ano sofreram pequena queda. Já os leitos de UTI da rede própria subiram de 177 em 2011 para 241 em 2015, e no próximo ano mais 53 devem entrar em operação no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
De acordo com o secretário, esse aumento na oferta de leitos na rede estadual e a complementação feita pelo governo do Estado desde 2013 ao valor da tabela SUS tem ajudado a amenizar a situação da oferta de Unidades de Terapia Intensiva.
Valores pagos
O SUS paga apenas R$ 474 pela diária de UTI e através do cofinanciamento do governo de Goiás, a SES-GO complementa em até R$ 1.100 as diárias. “No entanto, mesmo com a complementação do Estado, a situação dos hospitais conveniados está cada vez mais difícil”, diz.
“Nós pagamos três parcelas para Santa Casa neste ano. Sem esses recursos a instituição já haveria fechado as portas. Mas veja bem, esse repasse do governo do Estado é voluntário. Cabe ao Ministério da Saúde fazer o pagamento por essa prestação de serviços. O problema é que a tabela SUS está tão defasada que o repasse do governo estadual torna-se cada vez mais insuficiente para cobrir o déficit da Santa Casa. E isso foi agravado porque neste mês o Ministério ainda não repassou os recursos.”
Foram apresentados também dados sobre: as obras de construção dos Ambulatório Médicos de Especialidades (AMEs), em Quirinópolis, Goianésia, Formosa, Cidade de Goiás, São Luís de Montes Belos e Posse, e dos Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs), em Quirinópolis, Goianésia, Caldas Novas, Morrinhos e Aparecida de Goiânia, que já está com 98% das obras concluídas; Central de Medicamentos Juarez Barbosa, que atendeu 32.850 pacientes de todo o Estado; e Plano de Contingências contra o Aedes Aegypti.
Zika vírus
A notificação de casos de Zika vírus tornou-se obrigatória. Foi declarada Situação de Emergência em Saúde Pública no Estado e criado o Comitê Executivo Estadual de Combate ao Aedes.
Além disso, até 31 de janeiro, a Secretaria, em parceria com as secretarias municipais e Corpo de Bombeiros, fará visita a todos os 3,2 milhões de domicílios de Goiás para combater ao mosquito, informou Leonardo Vilela.