Secretário de Saúde de Goiânia apresenta proposta do prefeito aos grevistas

27 junho 2014 às 13h33

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Fernando Machado se reuniu com Paulo Garcia e outros secretários municipais, como o de Finanças, para analisar pauta da Saúde. Categoria aguarda maiores avanços nas tratativas

Após se reunir na última quinta-feira (26/6) com o prefeito Paulo Garcia, o secretário de Saúde de Goiânia, Fernando Machado, esteve com representantes dos grevistas na manhã desta sexta-feira (27) para dar sequência à negociação, iniciada na última quarta-feira (25). A categoria deflagrou greve há 16 dias e tem mantido somente 30% do efetivo nas unidades. Decisão judicial determina que 80% dos profissionais trabalhem durante o movimento, mas os sindicatos ainda não foram notificados. A reunião foi no gabinete do secretário.
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Segundo o secretário, a prefeitura se compromete a manter, até 1º de agosto, o benefício do auxílio-movimentação da forma como vinha sendo pago. Neste período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se comprometeu a regularizar a portaria que desagradou os profissionais retirando-lhes o benefício. Sobre esta questão, os representantes dos sindicatos argumentaram que deverá ser feito, ao mesmo tempo, alterações no Plano de Carreiras para assegurar o auxílio-movimentação.
Sobre a data base 2014, que a categoria reivindica que seja paga este ano, Fernando Machado disse que tanto Paulo Garcia como o secretário de Finanças, Jeovalter Corrêa, alegaram ser impraticável qualquer mudança na proposta de pagamento. O Paço municipal enfrenta déficit financeiro desde o início do ano, tendo sido informado aos grevistas que uma reunião com o Fórum Municipal de Servidores está prevista para o dia 16 de julho para tratar especificamente desta questão.
No que se refere à insalubridade, o secretário assegurou que a Prefeitura ainda não foi citada na decisão judicial que determina o pagamento deste adicional, que foi retirado pelo decreto da prefeitura para corte de gastos. Segundo Fernando Machado, o procurador-geral do Município, Carlos de Freitas, irá fazer uma análise da situação para saber se caberá recurso.
Em todo caso, conforme o secretário, o prefeito se comprometeu a criar uma gratificação que substitua o adicional de insalubridade assim que a prefeitura estiver melhor financeiramente, ou seja, abaixo do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Para os representantes da categoria, este ponto da pauta de reivindicações é. Eles argumentam que qualquer avanço nas negociações dependerá de confirmações de que esta gratificação será criada.
Quanto ao corte de pontos, a negociação se dará diretamente com o secretário posteriormente.
De acordo com os representantes da categoria, ainda não há avanço de fato nas negociações, sendo que as informações passadas por Fernando Machado serão analisadas. Participaram das conversas nesta sexta-feira Maria de Fátima Veloso e Ricardo Manzi (representando o Sindsaúde); Shirlei Ferreira (pelo Soego); Luzinéia Vieira (pelo Sieg); e Lorena Baía (pelo Sinfar).