Secretário da Polícia Civil do RJ rebate críticas de Oruam e defende ação policial; assista
29 outubro 2025 às 19h08
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O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, saiu em defesa da megaoperação realizada contra o Comando Vermelho, após críticas feitas pelo rapper Oruam, filho de Marcinho VP, apontado como líder da facção. A ação, que mobilizou mais de 2.500 agentes e resultou em quase 130 mortes, foi alvo de questionamentos nas redes sociais e de entidades de direitos humanos.
Curi afirmou que as críticas desconsideram o papel das forças de segurança no enfrentamento ao crime organizado. “O rapper Oruam, filho do chefe da facção, falou que ‘por trás do fuzil tem uma pessoa’. Hoje não tem mais vítima. O policial está sendo tratado como vilão, mas é o herói”, declarou o secretário, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 29.
Ele ressaltou que a operação teve como objetivo o cumprimento de 180 mandados de busca e apreensão e cerca de 100 mandados de prisão, em áreas consideradas estratégicas pelo Comando Vermelho. “A ação foi direcionada ao centro neurálgico da organização criminosa”, afirmou.
Curi também rejeitou as acusações de “chacina”, argumentando que a ação foi conduzida dentro da legalidade. “Chacina é a morte indiscriminada e ilegal de várias pessoas ao mesmo tempo, de maneira aleatória. A operação foi uma ação legítima do Estado”, defendeu.
Ao comentar o número de mortos, o secretário disse que as mortes ocorreram em situações de confronto. “Quem optou pelo confronto foi neutralizado. A reação da polícia depende da ação do criminoso. É simples assim, quem não optou pelo confronto foi preso”, justificou.
Curi destacou ainda que o crime organizado impõe domínio violento sobre as comunidades, com a instalação de barricadas, cobrança de taxas ilegais e restrição ao acesso de serviços básicos, como coleta de lixo e atendimento médico.
Por fim, o secretário alertou para o avanço do Comando Vermelho em território nacional. “O grupo já está presente em praticamente todos os estados do Brasil, disputando territórios e estabelecendo centros de comando em diferentes localidades”, afirmou.
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