De acordo com chefe da pasta, vagas serão criadas com  entrega de obras, criação de salas modulares e movimentos da cidade

Secretário Municipal de Educação, Marcelo Costa| Foto: Marcos Souza​

Com as confirmações de matrículas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) em andamento, o secretário de Educação Marcelo Costa evitou dar um número certo do déficit de vagas nessas instituições, em entrevista ao Jornal Opção. No entanto, ele afirmou que as vagas são flutuantes, pois conforme ocorrem finalizações de obras e movimentos na cidade (como famílias que trocam de bairros ou vão morar em outras cidades), novas cadeiras são abertas.

“A matrícula não cessa”, disse o secretário. “O movimento da martícula que ocorre em dezembro que vai organizar a rede, mas ela não pode ser fechada. Em qualquer momento do ano o pai pode entrar no site e fazer a pré-matrícula. A lista tem um valor mais ou menos absoluto em janeiro, mas flutua durante o ano na medida em que disponibilizamos a vaga”, afirmou.

“Podemos afirmar que, independente da existência da lista, semana que vem começaremos as inaugurações deste ano que impactarão nas listas de espera. Antes se fazia a matrícula em janeiro e o que tinha, tinha. Aí só no outro ano vinha a solução. Pela dinâmica da cidade, precisamos oferecer em dezembro as vagas, mas durante o ano precisamos liberar prevendo os movimentos da cidade. Esse novo modelo tem conseguido dar às pessoas uma expectativa melhor do cumprimento de vaga. Claro que a contento ainda não conseguimos atender toda a população, mas no final do ano a expectativa é alcançar um certo conforto.”

Mais Vagas

Em 2019, a pasta criou mais de três mil vagas para a Educação Infantil, conforme dados da secretaria. “Neste ano, os onze CMEIS que estavam parados vão somar 2.200 vagas.  As salas modulares vão somar mais duas mil vagas. Ainda, mais 25 novos CMEIs, dos quais 15 estão licitando e 10 em projeto. A ideia é que terminemos tudo esse ano. Prevemos mais de 8 mil vagas à disposição da comunidade”, informou o secretário.

Ao todo, foram disponibilizadas para 2020, 13.117 vagas que, segundo Costa, são resultados das crianças que saem do Ensino Infantil e vão para o Fundamental somadas às vagas que foram criadas com as inaugurações. “Como não foram suficientes em algumas regiões, continuamos a criar novas vagas durante o ano, puxando das listas de espera. Todas as duas mil vagas dos CMEIs parados vão impactar diretamente nas listas de espera. As crianças que aguardam vão ser chamadas conforme a prioridade da lista”, contou.

De acordo com o secretário, na primeira semana de fevereiro serão inaugurados duas unidades de CMEIs, uma no Jardim Cerrado e outra no Buena Vista. Além deles, outras obras também estão previstas para ser entregues. “Vão ser criados Cmeis no Vale do Araguaia e no Madre Germana, que eu tenho lutado desde 2003 e agora conseguimos a liberação da escola por conta do governo estadual e mais um CMEI por conta da prefeitura. Vai ser um avanço, porque a região do Madre Germana 2 é desprovida de próprios públicos para a Educação. A escola que tem lá é militar, precisamos de um apoio melhor para a região”, disse.

Mudança de competência

De acordo com Costa, o déficit é uma questão histórica. As creches eram de responsabilidade das secretarias municipais de Assistência Social. A partir de 2005 efetivou o início dessa transição para a pasta de Educação. “A demanda reprimida vem dessa época e tem uma importância grande para Goiânia. Em 2017, quando assumimos, passamos a criar investimentos específicos, recuperação de obras paradas, aluguel de outras instituições e utilização melhorada dos prédios públicos. Aumentamos assim as vagas. As salas modulares surgiram como estruturação rápida”, explicou.