Fernando Machado vai se reunir nessa quarta-feira (25) com o prefeito para entregar a demanda e procurar uma possível negociação para o fim do movimento grevista

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O secretário municipal Fernando Machado reuniu-se com sindicalistas. | Foto: Sindsaúde

Na manhã desta terça-feira (24/6) os representantes dos profissionais da saúde de Goiânia se reuniram na sede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) com o secretário Fernando Machado. Os representantes entregaram a pauta de reivindicações e o secretário prometeu levá-la ao prefeito Paulo Garcia (PT).

Nessa quarta-feira (25), Fernando Machado vai se reunir com o prefeito para entregar a demanda e procurar uma possível negociação para o fim do movimento grevista, iniciado no último dia 11. O presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Goiás (Soego), José Augusto Milhomem, disse ao Jornal Opção Online que o secretário sozinho não tem poder de decisão. “Entregamos a pauta para o Fernando Machado e ele prometeu se reunir com o prefeito e discutir as soluções e o retorno do trabalho dos profissionais municipais da saúde”.

Os grevistas marcaram uma nova reunião com o secretário para esta quinta-feira (26/6). “Precisamos de um acordo, através do intermédio da Secretária de Saúde”, esclarece José Augusto Milhomem.

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Em greve há 13 dias, os profissionais reivindicam o pagamento integral da data-base de 2014 ainda neste ano, além da segurança nas unidades de saúde, o pagamento do adicional de insalubridade, o cumprimento das deliberações da mesa de negociação, e a publicação do decreto de mudança de vínculo celetista para estatutário dos agentes comunitários e de combate às doenças endemias.

Participaram da reunião vários sindicatos que representam os trabalhadores da capital, dentre eles o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg).

Intervenção do Cremego

Preocupado com a situação da saúde em Goiânia, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), enviou, nessa segunda-feira (23/6), uma enquete aos mais de 11 mil médicos integrantes da instituição. O questionário investiga os motivos que deixam os médicos insatisfeitos em trabalharem na rede municipal de saúde da capital.

O presidente do Cremego, Erso Guimarães, assevera que a SMS atribui as dificuldades de contratação de médicos ao simples desinteresse da categoria em trabalhar na rede pública. “Entendemos que a causa deste problema é bem mais complexa e não pode ser resumida apenas ao desinteresse”, frisou o presidente à reportagem.

Segundo a assessoria de comunicação do Cremego, até o começo desta manhã havia recebido 200 respostas da enquete. “A partir da semana que vem teremos o levantamento das opiniões dos profissionais diante da falta de interesse em trabalharem para a SMS”, acredita.