Secretaria garante capacidade técnica para tratar casos de Monkeypox em Goiânia
13 julho 2022 às 12h17
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Além de prestar toda assistência médica a pacientes, Prefeitura realiza monitoramento das notificações
Após a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia confirmar dois casos e investigar outros quatro da Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, a prefeitura garante que presta toda assistência médica aos dois homens. A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Grécia Pessoni, explicou ao Jornal Opção que, diante da suspeita da doença, os profissionais estão capacitados para notificar a ocorrência ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), que começa já o monitoramento.
“Quando os profissionais percebem que os sintomas apresentados podem ter semelhanças com a doença, eles fazem a notificação ao Cievs municipal. A equipe avalia o caso. Se for suspeito, já investiga. Dependendo da situação já descarta logo em seguida”, diz Grécia.
Ela destaca que a SMS monitora tanto casos confirmados e suspeitos, como pessoas que tiveram contato próximo com os avaliados que apresentam sintomas em observação, além de prestar toda assistência médica relacionada nos casos em que se faz necessário. “Monitoramos os casos enquanto há lesões, até que saiam os resultados. Se o caso entrar como suspeito, já entra com monitoramentos dos contatos próximos por um período de 21 dias”.
Como prevenir
Segundo Pessoni, entre humanos, a transmissão da variante da varíola ocorre por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias e por meio de objetos contaminados. A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado, o que coloca os profissionais de saúde, membros da família e outros contatos próximos de pessoas infectadas em maior risco.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular, calafrios e exaustão. A varíola dos macacos é geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Para Grécia, por ser transmissível, a doença exige cuidados para a identificação dos pacientes, o isolamento social com uso de máscara, a notificação dos casos, a realização de testes laboratoriais e o monitoramento dos contatos. O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
Números em Goiás
Goiás já possui quatro casos confirmados da doença. Os dois primeiros foram registrados em Aparecida de Goiânia no sábado, 9. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) atualiza diariamente boletins sobre os casos em território goiano. O último, divulgado na terça-feira, 12, apontava 12 notificações, sendo dois confirmados, quatro descartados e seis em investigação. Nova atualização deve sair às 15h desta quarta-feira, 13, com a inclusão dos dados de Goiânia.
Além disso, a pasta divulgou nota técnica e realizou capacitações dirigidas a profissionais de saúde, da rede pública e privada, para orientar quanto à operacionalização de medidas de proteção e controle da transmissão da Monkeypox.
Por meio da Nota Técnica N.º 12, especificam-se os sintomas, formas de transmissão, definição de casos e as medidas que devem ser adotadas diante de casos suspeitos, prováveis e confirmados de Monkeypox no Estado.