Secretária diz que não pode atender reivindicações do Sintego e apela para que não haja greve
10 setembro 2019 às 11h09

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Fátima Gavioli lembra que Governo já foi notificado pelo TCE a respeito do teto de gastos

Conforme mostrado pelo Jornal Opção na última quinta-feira, 9, o Governo de Goiás o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) não chegaram a um consenso após reunião na Assembleia Legislativa (Alego). Ao que tudo indica, o diálogo deve continuar.
No encontro, que contou com a presença de diversas lideranças que compõe a base do governador Ronaldo Caiado (DEM) além de secretários, os profissionais em Educação apresentaram as seguintes demandas: progressão, data-base, piso salarial, concurso para a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e mestrado e doutorado na instituição para os concursados do segmento.
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Em obediência limites de gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), foi logo adiantado que não seria possível atender a tais revindicações. Mais tarde, a presidente do Sintego, Bia de Lima, declarou que a classe já está se preparando para possíveis paralisações.
Apelo
Ao Jornal Opção, a secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, comentou o assunto. Segundo ela, cabe à Secretaria de Economia cuidar do controle orçamentário. A pasta, por sua vez, já foi notificada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre os limites impostos pelo teto de gastos. “A secretaria diz que fica inviável conceder o reajuste. Eles farão apenas o realinhamento dos salários para quem recebe menos que o piso”, explicou.
Diante do imbróglio, Gavioli clama por compreensão da classe e pede para que os mesmos não paralisem suas atividades. “Só me resta contar com a colaboração dos professores. No ano que vem teremos um novo orçamento, serão novas águas, aí quem sabe poderemos atender a todas as demandas apresentadas pela classe. Estamos finalizando o ano letivo, temos Enem pela frente. Preciso contar com a colaboração de todos”, pontuou.
PEC da Educação
A emenda aditiva apresentada na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do deputado Vinícius Cirqueira (Pros) prevê a junção dos 2% de verbas da UEG aos 25% da Educação básica.
Apesar disso, os líderes do governo já afirmaram que não haverá prejuízos nos repasses, mas ganhos. Isso, porque, segundo eles, haverá a retirada de 4% dos inativos, que serão remanejados para a Goiás Previdência. Com isso, o saldo final será de 2% positivo.
Gavioli reitera que a saída dos aposentados da folha da Educação — os 4% — representa, de fato, um ganho. “Desta forma seria benéfico. Temos que acreditar no governador que já se comprometeu, inclusive, em aplicar os 25% em sua integralidade”, pontuou a titular.