“Se não fizer testagem, vai haver colapso na saúde”, alerta Dr. Zacharias Calil
24 abril 2020 às 08h00
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Projeto do deputado determina que em casos de pandemia sejam tomadas medidas imediatas que garantam a saúde de todos os profissionais de saúde
Durante a reunião por videoconferência da Comissão Externa de Ações Preventivas ao Coronavírus no Brasil, da Câmara dos Deputados, o deputado federal Dr. Zacharias Calil (DEM) alertou sobre a necessidade de aprovação urgente do Projeto de Lei 1409/2020, de sua autoria, para que o sistema de saúde brasileiro não entre em colapso.
O projeto do deputado determina que em casos de pandemia como a atual causada pelo novo coronavírus, sejam tomadas medidas imediatas que garantam a saúde e a preservação da vida de todos os profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e à manutenção da ordem pública.
O parlamentar argumentou que é necessário fazer a testagem nos profissionais que têm contato com materiais com risco de contágio ou que atuam próximo aos pacientes com a Covid-19, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, técnicos de laboratório, policiais, bombeiros, agentes de fiscalização e profissionais da limpeza.
Zacharias mostrou que em Goiás, por exemplo, dos 421 casos confirmados até 21 de abril, 28% são em pessoas da área da saúde. “Vejam bem, 184 só na capital, e 52 que trabalham no campo médico.”
O projeto impõe que profissionais que estiverem em atividade e em contato direto com portadores ou possíveis portadores do agente infeccioso devem passar por testes diagnósticos a cada 15 dias ou com a frequência que atenda a critérios e padrões de biossegurança. Caso isso não seja feito haverá um colapso causado pela falta de profissionais, porque muitos adoecem e são afastados e outros por receio de serem contaminados.
Ele usou o caso do estado de São Paulo, onde mais de 3 mil profissionais da área da saúde foram afastados por estarem com a Covid-19 e fazem falta no quadro de pessoal da saúde. “Profissionais que trabalham em UTI, por exemplo, já estão em falta, porque não é qualquer profissional da área que pode trabalhar em UTI. É preciso que seja pessoa qualificada e treinada, senão pode piorar a situação de quem estiver lá”, disse Zacharias.