Se não estivesse inelegível, Bolsonaro concorreria a vereador no RJ, revela aliado em Goiás

Em entrevista ao Jornal Opção na última semana, o ex-deputado federal e aliado de Jair Bolsonaro, Major Vitor Hugo (PL), contou que o ex-presidente revelou a ele que, se estivesse em condição de elegibilidade, concorreria a eleição à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A fala de Vitor Hugo ocorreu enquanto defendia seu projeto eleitoral neste ano – o advogado e militar é pré-candidato à Câmara Municipal de Goiânia.

Questionado pela reportagem sobre as críticas de que teria “regredido”, já que exerceu o mandato de deputado federal e chegou a ser líder do governo Bolsonaro, Vitor Hugo afirmou que estava tranquilo quanto à decisão de concorrer a vereança em Goiânia, e que isso faz parte, também, de uma proposta de conhecer, de perto, os problemas da população para propor soluções.

“Acho que, fazendo um paralelo, por eu ter vivido algo num nível muito mais amplo, muito maior que foi o Congresso, vai ser importante também para a minha carreira política voltar aqui para a base e entender os problemas que atingem as pessoas num nível mais visceral, do dia a dia, de entender essa política aqui”, disse.

O militar, então, citou o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro já ter sido vereador no Rio de Janeiro, antes de ser eleito deputado, e revelou que a Câmara Municipal carioca seria o alvo dele em 2024, se não estivesse inelegível. “O próprio Bolsonaro foi vereador e falou para mim que se ele não tivesse sido inelegível, concorreria agora a vereador do Rio”, relatou.

Vale destacar que, em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, por maioria de votos (5 a 2), por oito anos, contados a partir de 2022. Conforme o tribunal, “ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado”.

Na reunião em questão, o então presidente da República teria tentado convencer os representantes estrangeiras de que as urnas eletrônicas eram passíveis de fraude.

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