Casal Sari Corte Real e Sérgio Hacker, prefeito de Tamandaré. testaram positivo para Covid-19, mas não dispensaram trabalhadora doméstica Mirtes Renata Souza e mãe idosa

A trabalhadora doméstica Mirtes Renata Souza mostrou indignação sobre a proteção da imagem da patroa, Sari Gaspar Corte Real, primeira-dama de Tamandaré, no caso da morte de Miguel Otávio Santana, de 5 anos. O desabafo foi feito em entrevista à filiada da TV Globo em Pernambuco nesta quinta-feira, 4.
“Se fosse eu, meu rosto estaria estampado, como já vi vários casos na televisão. Meu nome estaria estampado e meu rosto estaria em todas as mídias. Mas o dela não pode estar na mídia, não pode ser divulgado”, declarou a mãe de Miguel.
A criança passava o dia com a mãe, que se ausentou para passear com os cachorros e deixou o menino na responsabilidade patroa, que permitiu que Miguel entrasse no elevador e apertou botão para que ele se deslocasse de andar.

“Ela confiava os filhos dela a mim e a minha mãe. No momento em que confiei meu filho a ela, infelizmente ela não teve paciência para cuidar, para tirar [do elevador]. Eu sei, eu não nego para ninguém: meu filho era uma criança um pouco teimosa, queria ser dono de si e tudo mais. Mas assim, é criança. Era criança”, declarou Mirtes Souza.
Durante a pandemia, Mirtes e a mãe idosa continuaram trabalhando para Sara e Sérgio, que chegaram a ser diagnosticados com a Covid-19 e se isolaram em Tamandaré, no Litoral Sul. “Ela disse que a gente não era obrigado a ir. A gente foi porque precisa trabalhar, precisa ganhar nosso salário para pagar as contas e também em questão que ‘mainha’ é grupo de risco”, explicou.
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