Nos bastidores, comentário é de que as queixas contra Weintraub reacenderam o incômodo da ala militar do governo e a antipatia de congressistas

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, entrou na mira das reclamações do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). As queixas reacenderam o incômodo da ala militar do governo e a antipatia de congressistas.

Nos bastidores, o comentário é que, com o incômodo de Bolsonaro, auxiliares presidenciais e parlamentares retomaram movimento para convencê-lo a demitir Weintraub após o arrefecimento da pandemia do novo coronavírus.

Em conversas reservadas, relatadas à Folha, o presidente se queixou da resistência do ministro em ceder espaço para indicados do centrão e em adiar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Além disso, Bolsonaro avaliou que Weintraub passou do ponto em crítica feita ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante reunião ministerial realizada no fim de abril. O mal-estar foi visto como uma oportunidade tanto pelo núcleo militar como pelo centrão de pressionar por uma troca. O desempenho do MEC é criticado pelos dois grupos desde o ano passado.