Fim da coligação proporcional não incomoda o líder do PMB goiano, que já pensava em chapa pura

Santana Pires, novo presidente do Partido da Mulher Brasileira / Foto: Divulgação

À convite do diretório nacional do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Santana Pires assumiu a presidência no Estado de Goiás e contou ao Jornal Opção que deve percorrer o território goiano por 60 dias para realizar levantamentos e montar os diretórios. “Vamos dar uma sacudida para fazer um número de vereadores”, diz o político que está otimista em eleger ao menos dois vereadores em Goiânia, neste pleito de 2020.

Mas como um homem se torna presidente estadual de uma sigla focada nas mulheres? “O partido sofreu uma mudada no estatuto e pode ser mulher ou homem. Nosso partido defende a causa da mulher, está na sua bandeira e estatuto, mas o dirigente independe de gênero”, explicou Santana Pires, que ressaltou que a legenda está em busca de mulheres que queiram ser candidatas.

“Nosso partido é limpo, novo e não está envolvido em nada de errado. Temos que cuidar da nossa rua, nosso município, do nosso estado para ajudar as coisas a melhorarem”, disse. Para Santana, o foco agora é aglutinar pessoas. “Ainda não temos nada no estado, nenhum vereador ou prefeito. Assumi com esse compromisso de fazer vereador em Goiânia, Aparecida, Trindade, Canedo, entorno de Brasília. Temos o compromisso com quem confia na gente. Meu objetivo é eleger de 30 a 40 vereadores em todo Estado”, afirmou.

Desafio

Com as mudanças nas regras eleitorais, não são mais permitidas as coligações proporcionais. No entanto, Santana não se preocupa com o desafio. “Nosso trabalho seria para não coligar de qualquer forma. Sempre quisemos chapa pura em todo estado. Vamos buscar suplentes de vereadores para serem eleitos com poucos votos. Partidos grandes precisam de pelo menos 5 mil votos. Aqui, com 2.500 podemos fazer vereador. Vamos trabalhar a chapa para isso”, argumentou.

“Já fui presidente em outros partidos, não gosto de coligações. Elegi o Wagner Netto a deputado estadual e não coliguei com ninguém. Gosto de juntar o grupo e crescer o partido”, contou Santana Pires, que não se incomoda de o PMB ser um partido ainda pequeno e novo.

“Quero trazer pessoas simples e humildes para serem candidatos. A chapa em Goiânia, tem condições de 200 até 1.900 votos. Não aceitamos donos de igrejas ou empresários. Se juntarmos um grupo de 40 pessoas e cada um tirar uma média de 800 votos, conseguimos eleger dois vereadores um pelo outro”, explicou ao comentar que em 2008 conseguiu eleger Richard Nixon e Charles Bento à Câmara Municipal.

Já em relação ao executivo, o PMB também tem planos. “Vamos estudar a prefeitura em Goiânia. Em Rio Verde, vamos lançar candidato. Em todo o estado, pensamos em lançar 15 nomes”, anunciou.