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O nome de Dannilo Ribeiro Proto, delegado da Polícia Civil de Rio Verde, voltou ao centro das atenções nesta quinta-feira, 21, após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrar uma operação que apura o desvio de mais de R$ 2,2 milhões em contratos de escolas estaduais do município. Ele e a esposa são apontados como líderes de um esquema que teria fraudado pelo menos 40 contratos sem licitação desde 2020.

De acordo com as investigações, o delegado é sócio de um instituto que teria sido favorecido em acordos relacionados a reformas escolares, impressão de material didático e até na realização de concurso público da Câmara de Rio Verde. A Justiça determinou bloqueio de contas, apreensão de bens e cumprimento de mandados de prisão e busca em Rio Verde e Goiânia.

Histórico de polêmicas

A operação não é o primeiro episódio que envolve o nome de Dannilo Ribeiro Proto em casos de corrupção. Em 2015, atendendo a pedido dos promotores criminais de Rio Verde, a juíza Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes determinou o afastamento do delegado do cargo. Na ocasião, ele foi acusado de cobrar R$ 10 mil de um fazendeiro que havia recuperado gado roubado. À época, Proto alegou que parte do dinheiro teria sido utilizada para melhorar a estrutura da unidade policial.

Operação Regra Três

A atual investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), em parceria com a Polícia Civil e a Controladoria-Geral do Estado. Batizada de Operação Regra Três, a ação mobilizou 19 promotores, mais de 20 servidores e cerca de 80 agentes de segurança.

O caso segue em andamento, e novas fases não estão descartadas. A defesa do delegado e da esposa não foi localizada para comentar as acusações.

Nota Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás informa que prestou apoio operacional ao Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), na deflagração da Operação Regra Três, realizada nesta quinta-feira (21/8), nos municípios de Rio Verde e Goiânia.

A instituição reitera seu compromisso com a legalidade e a transparência e destaca que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações já estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de possíveis transgressões disciplinares, observados o devido processo legal e a ampla defesa.

A Polícia Civil reafirma que não compactua com condutas ilícitas e segue colaborando com os órgãos de controle e fiscalização para o pleno esclarecimento dos fatos.

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