O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá decidiu pela cassação do mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL). A decisão foi unânime, baseada na rejeição das contas de campanha da parlamentar, que foi acusada de uso indevido de recursos públicos destinados às eleições de 2022.

Segundo a denúncia do Ministério Público Eleitoral, Silvia teria utilizado R$ 9 mil do fundo eleitoral para um procedimento estético. A defesa de Silvia alega que as contas já haviam sido aprovadas previamente e que a decisão foi uma surpresa. O procedimento foi realizado em 29 de agosto de 2022, durante a campanha eleitoral. No mesmo dia, a deputada federal recebeu recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

Antes mesmo de assumir seu mandato, Silvia Waiãpi foi incluída em investigações por apoiar os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. A Procuradoria-Geral da República analisou se seus vídeos nas redes sociais incitavam crimes.

Em abril, a deputada foi criticada por um comentário transfóbico na Câmara, dizendo que era obrigada a aceitar “mulheres que são homens”. Célia Xakriabá interveio, lembrando que transfobia é crime. Silvia também rebateu Dorinaldo Malafaia, que questionou sua identidade indígena, comparando-o a mulheres transexuais.