No último sábado, 17, um jovem de 23 anos perdeu a vida após ser picado por uma aranha-violinista (Loxosceles reclusa) na Itália. Segundo a agência de notícias Ansa, é o segundo caso fatal envolvendo essa espécie durante o verão italiano.

Giuseppe Russo, a vítima, faleceu durante a madrugada no hospital de Bari, na região de Apúlia, sul da Itália, devido a um choque séptico e falência múltipla dos órgãos. A picada ocorreu mais de um mês antes, enquanto ele trabalhava no campo.

Este não foi um caso isolado. Em julho, Franco Aiello, um policial siciliano de 52 anos, também morreu após ser picado por uma aranha da mesma espécie. A aranha-violinista, de pequeno porte (chegando a até 7,5 mm), deve seu nome à mancha em forma de violino em seu corpo.

Essa espécie prefere ambientes secos e fendas, sendo comumente encontrada perto de residências, especialmente em jardins. A Loxosceles reclusa é amplamente distribuída, sendo encontrada em países mediterrâneos, na Ásia e na América do Norte, conforme indicado pelo catálogo mundial de aranhas do Museu de História Natural de Berna.

No Brasil, diversas espécies do gênero Loxosceles, conhecidas como aranha-marrom ou aranha-violino, são consideradas de relevância para a saúde pública pelo Ministério da Saúde, junto com as aranhas dos gêneros Phoneutria e Latrodectus. Esses aracnídeos, embora não agressivos, podem picar ao serem comprimidos contra o corpo.

“Elas possuem hábitos noturnos, constroem teias irregulares, como “algodão esfiapado”. Escondem-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação”, explica o ministério.

Acidentes com aranhas Loxosceles são mais comuns no Brasil entre outubro e março, principalmente na região Sul, que responde por cerca de 80% das notificações. Em 2023, foram registrados 8.748 acidentes com essas aranhas no país, sendo 6.460 deles nos estados do Sul, segundo dados do DATASUS.

Em caso de picada, o Ministério da Saúde orienta lavar a área afetada, aplicar compressas mornas para aliviar a dor e procurar imediatamente atendimento médico. Se possível, recomenda-se levar a aranha ou uma foto nítida para identificação, desde que isso não ofereça risco de novos acidentes.

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