COMPARTILHAR

Imunizante da empresa Johnson & Johnson deve ser aprovado pela agência de saúde dos Estados Unidos

Foto: Reprodução

O governador Ronaldo Caiado (DEM) comentou, em transmissão por vídeo em suas redes sociais nesta sexta-feira, 5, que está conversando com o Ministério da Saúde a respeito do imunizante produzido pela empresa Johnson & Johnson. A vacina teria um diferencial, que seria a imunização com aplicação de apenas uma dose.

“Isso já diminui enormemente os gastos, a infraestrutura e logística para transportar as pessoas mais idosas. O ministro [da Saúde, Eduardo Pazuello] informou que o Brasil já se candidatou para receber o imunizante, mas eles só puderam ofertar para nós 2 milhões de doses”, explicou o governador de Goiás.

O imunizante se encontra na fase 3 de testes nos Estados Unidos e pode ser aprovado em breve pela agência reguladora de saúde do País. A eficácia da vacina na prevenção de casos moderados e graves de Covid-19 é de 66%.

A pesquisa da Johnson & Johnson foi realizada em oito países, estando o Brasil incluso nos testes. Como a empresa divulgou os resultados em grupos geográficos, a eficácia dos testes na América Latina (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru) foi registrada em 66%.

A vacina usa uma tecnologia que insere o vírus da doença no corpo, mas sem a capacidade de se reproduzir. Sendo assim, a pessoa que recebeu a dose não corre risco de contrair a doença. Essa é a mesma estratégia usada pelo imunizante da AstraZeneca e da Universidade de Oxford. 

Além de necessitar apenas uma dose para aplicação, a vacina da Johnson & Johnson possui outras vantagens. Ela apresentou eficácia contra algumas mutações do Sars-CoV-2, principalmente na África do Sul.

No país, em 95% dos participantes infectados, a doença foi causada por uma variante da linhagem B.1.351, que é mais transmissível. Pois os resultados da pesquisa com a vacina da Johnson demonstraram uma capacidade de proteção aceitável mesmo diante dela.

Por fim, há a questão do armazenamento. É possível guardar as doses por até três meses em geladeira comum, numa temperatura de 2° C a 8° C. Essa é uma excelente notícia para países com clima tropical e com dificuldades estruturais, como o Brasil.