Em 60% dos casos da doença, a gravidez só é possível através de técnicas de reprodução assistida
A endometriose é uma doença que afeta mulheres e que além de muita dor, pode causar também a infertilidade. Não é em vão que o mês de março é dedicado ao combate da doença que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, atinge cerca de seis bilhões de brasileiras.
A endometriose nada mais é que o desprendimento do tecido que reveste o útero e que passa a se localizar em outros órgãos, como as trompas e ovários. Quando o tecido gruda em outros órgãos, ele causa nódulos que geralmente são dolorosos.
“Quando a mulher sente dor durante as menstruações e durante a relação sexual ou, às vezes, até fora disso, e quando ela tenta engravidar e não consegue, tem que se pensar na endometriose”, afirma o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), dr. Aldair Novato Silva.
Dr. Aldair Novato Silva, que é médico ginecologista e obstetra conta que esses nódulos causam tanta dor que podem ser evidenciados em um simples exame clínico.
“Mas temos também a ultrassom que tem evoluído muito nesse sentido, apesar de a imagem do cisto não ser tão frequentemente avistada. Para o diagnóstico, usa-se também a ressonância nuclear magnética e a videolaparoscopia, onde se examina toda a pelve”.
O médico diz que mulheres entre 30 e 40 anos são as maiores afetadas pela doença e, geralmente, as que mais sofrem com os sintomas e com a infertilidade.
Classificada de acordo com os graus de apresentação (mínima, moderada e grave), a endometriose nem sempre compromete completamente a reprodução. De acordo com o ginecologista, em torno de 40% dos casos são resolvidos clinicamente. Nos outros 60% a gravidez só é possível com as técnicas de reprodução assistida, os chamados bebê de proveta.
“Mesmo nos casos em que a infertilidade é resolvida, a paciente continua sentindo dores. Muitas vezes, essa dor só é melhorada com cirurgia definitiva de retirada do útero”, finaliza o médico.
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