Dois membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vetaram uma resolução proposta pelos Estados Unidos sobre o conflito na Faixa de Gaza. O texto dos EUA recebeu 10 votos favoráveis (Albânia, França, Equador, Gabão, Ghana, Japão, Malta, Reino Unido e EUA), três contrários (Rússia, China e Emirados Árabes Unidos) e duas abstenções (Brasil e Moçambique).

O texto de autoria americana votado nesta quarta-feira afirmava o direito de Estados se defenderem de ataques –em alusão a Israel, mas sem nomear o aliado, diante de resistências de demais membros do conselho.

A Rússia apresentou uma resolução, que também foi rejeitada pelos membros do Conselho. O documento russo teve 4 votos favoráveis, 2 contrários e 9 abstenções.

Vale destacar que, com veto dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da ONU também rejeitou, na última semana, o texto proposto pelo Brasil sobre a guerra entre Hamas e Israel.

O Conselho de Segurança tenta aprovar uma resolução desde 7 de outubro. A primeira não atingiu o mínimos de votos, enquanto a segunda, elaborada pelo Brasil, foi vetada pelos EUA.

O representante de Moscou, Vassili Nebenzia, acusou os americanos de apresentarem a resolução apenas como uma resposta às críticas sofridas após o veto ao texto brasileiro na semana passada. “Não vemos por que apoiar um documento cujo único propósito é servir aos interesses políticos de um membro do conselho”, disse.

O embaixador chinês, Zhang Jun, apontou que o texto “tenta tenta estabelecer uma nova narrativa sobre a questão Israel-Palestina, ignorando o fato de que o território palestino vem sendo ocupado há muito tempo”.

Já a embaixadora americana, Linda Thomas Greenfield, diz que o documento foi construído a partir de consultas com diversos membros, em contraste com a proposta russa, elaborada “unilateralmente”.

Leia também:

Agência de refugiados da ONU alerta que combustível na Faixa de Gaza pode acabar hoje