Rubens Otoni diz que Paulo Garcia tem sido ativo nas articulações políticas
04 junho 2015 às 16h10

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Para o deputado, prefeito tem coordenado negociações com lideranças metropolitanas de forma positiva. Reuniões têm sido pautadas por agenda da gestão e eleições

O deputado federal Rubens Otoni faz avaliação positiva do trabalho de articulação política feita pelo prefeito Paulo Garcia (PT). A cada mês, o chefe do Poder Executivo da capital tem se reunido com a bancada petista da Assembleia Legislativa, o líder do Governo na Câmara de Vereadores, Carlos Soares, e o parlamentar federal. Os encontros têm acontecido sempre no início da manhãs e as discussões envolvem agenda administrativa e eleitorais, especialmente para 2016.
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“Ele tem sido muito ativo na articulação política, com a preocupação de poder manter nossas lideranças informadas sobre o que tem feito a administração. E a partir daí tem demonstrado muito interesse em que sejamos peças-chave e participemos mais ativamente no processo”, analisou.
Segundo o parlamentar federal, é natural que o prefeito tome essa frente, especialmente quando o faz em sintonia com a coordenação metropolitana. “O PT, sem dúvida nenhuma, está aproveitando bem 2015 para se fortalecer e organizar para chegar no próximo ano com competitividade e condições de dialogar com outros partidos para formar chapas”, sinalizou.
Os parlamentares estaduais Humberto Aidar, Luis César Bueno (presidente do diretório municipal) e Renato de Castro estão entre os protagonistas das reuniões. Além deles, a Delegada Adriana Accorsi, que na segunda-feira acompanhou Paulo Garcia durante visita às obras da nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Região Noroeste, no Setor Jardim Curitiba I. Na oportunidade, o prefeito teceu diversos elogios a ela e disse, em tom de brincadeira, que poderia lançá-la como pré-candidata ao Paço Municipal “antes da hora”. O nome da deputada é um dos mais cotados para encabeçar a disputa.
Contudo, Rubens Otoni não crê que o prefeito esteja agindo de modo a preparar terreno para que Adriana Accorsi dispute futuramente. “Não tenho visto isso da parte dele em nenhum momento. O que tenho percebido é uma grande abertura para todos que querem colocar seu nome à disposição. É natural e legítimo que nosso partido, mesmo pensando em fazer alianças com outras siglas, também apresente nomes para discutir internamente e com outras legendas”, relatou.
Para ele, Paulo Garcia tem, ainda, incentivado àqueles que têm pretensão de participar do processo. Especialmente Adriana Accorsi, pela expressiva votação na capital, e o suplente de deputado federal Edward Madureira, ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Prefeito e o vice
Rubens Otoni afirmou também que o posicionamento divergente entre Paulo Garcia e o vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) tem a respeito da Saneago não interfere na aliança municipal. Ultimamente, a prefeitura tem discutido com o governo estadual uma maior participação do Paço Municipal nas decisões da empresa, evidenciando aproximação com o governador Marconi Perillo (PSDB). Inclusive substituindo o peemedebista pelo secretário de Finanças, Jeovalter Correia, na comissão responsável por discutir o reajuste do preço da tarifa dos serviços de abastecimento de água e esgotamento.
A troca gerou celeuma entre PT-PMDB, fazendo até com que a comissão provisória do diretório metropolitano peemedebista entrasse com ação no Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o aumento pretendido pelo governo.
O movimento foi organizado por Agenor Mariano, o deputado estadual Bruno Peixoto, e os vereadores Denício Trindade e Paulo Borges.
DEM
Segundo ele, uma aresta a ser aparada — mas que não preocupa tanto o partido — é uma possível aliança com PMDB e DEM, que apoiou o ex-prefeito Iris Rezende nas eleições estaduais. “Tenho visto a imprensa volta e meia colocando esse ponto como importante, mas, sinceramente, é uma questão menor. Até porque a grande tendência e a chance maior é que o DEM nem exista no ano que vem por conta da possibilidade de fusão [com o PTB]. É desnecessário fazer essa discussão agora”, justificou.
No entanto, os dois maiores líderes das legendas em Goiás, o senador Ronaldo Caiado e o deputado federal Jovair Arantes dão como encerradas a unificação.