O ex-policial militar Ronnie Lessa solicitou transferência para o presídio Doutor José Augusto César Salgado, nomeada de P2, penitenciária de Tremembé em São Paulo. O complexo prisional é  conhecido como “Cadeia dos Famosos” por deter pessoas populares criminosas, como o caso de Robinho, Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg entre outros.  O desejo de Lessa foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Após se comprometer com o acordo em delação premiada, o ex-policial foi transferido para a penitenciária Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, P1 do complexo prisional de Tremembé. Esse primeiro prédio é onde ficam detentos que se envolveram com o crime organizado e tem capacidade de 1.278 presos, mas considerando a superlotação são 1,943 pessoas encarceradas. Uma das exigências da cadeia P1 é admitir somente infratores que cumprem penas em regime fechado, além de possuir separação dos indivíduos pelo nível de periculosidade dos crimes cometidos. 

O assassino de Marielle pretende ser enviado para a penitenciária P2, a qual reúne criminosos que tiveram grande repercussão nacional. Neste prédio os detentos cumprem pena em regime fechado e semiaberto e tem capacidade para ocupar 348 pessoas. No entanto, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP), a penitenciária continha 297 infratores. 

Os trabalhadores da penitenciária P2 de Tremembé, através do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sifuspesp), são contra a transferência de Lessa. Eles consideram que a mudança coloca a segurança do ex-PM e do local em perigo. De acordo com o presídio, o Primeiro Comando da Capital (PCC) encomendou a morte de Ronnie Lessa. O ministro Alexandre de Moraes solicitou ao governo de SP, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República colaboração com informações sobre a ameaça sofrida pela ex-policial. 

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