Ronaldo Caiado insinua que dinheiro para reemplacamento de veículos em Goiás será utilizado para caixa 2
15 julho 2014 às 21h17
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Segundo o democrata, essa seria a única explicação plausível para a obrigatoriedade, já que o Estado não conta com equipamentos que possam fazer a leitura dos tais chips
O candidato ao Senado pela chapa PMDB-DEM-SDD, Ronaldo Caiado, teceu duras críticas à proposta de reemplacamento e instalação de chips nos veículos motorizados em Goiás e insinuou que os recursos advindos do serviço poderiam ser utilizados para caixa 2 de campanha. Segundo o democrata, essa seria a única explicação plausível para a obrigatoriedade, já que o Estado não conta com equipamentos que possam fazer a leitura dos tais chips.
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“Não tem outra finalidade esse emplacamento e a instalação desse chip [além de caixa 2]. Não tem aparelhos para fazer a leitura. Se houvesse todo o sistema preparado e depois fizessem um preço compatível e aceitável, o cidadão até estaria disposto a pagar”, disse.
Ele criticou a estimativa de que os serviços custariam no total R$ 480 milhões para os cidadãos, que iriam para os cofres do Detran. “O preço de mercado não ultrapassa de 50 e 60 reais, com a placa, o chip e a mão de obra”, afirmou, ressaltando que o departamento de trânsito prevê o custo de R$ 170.
“Não entendo onde está o Ministério Público e a Justiça neste momento. Qual a finalidade [do reemplacamento]?”, questionou. “E todo ano tem que voltar lá para pagar o envelopamento da placa, que vai ter código de barras, mas não tem equipamento para leitura”, reforçou.
Questionado se ele realmente acreditava que os recursos advindos do serviço seriam utilizados para caixa 2, Caiado assegurou que sim. “Lógico que vai ser. R$ 170 do bolso do cidadão, e vai para onde esse dinheiro?”