Apesar de se denominar pastor, Rogério Cruz se distancia do Evangelho e mente repetidas vezes. O prefeito de Goiânia prometeu que estaria até o último dia de sua gestão trabalhando em seu gabinete, mas a realidade mostra o contrário. Sumido do gabinete, dos eventos públicos e das redes sociais, a última publicação no Instagram foi em 6 de dezembro durante os Jogos Educacionais de 2024.

Já a última aparição pública foi na sexta-feira, 13, onde Cruz abandonou a audiência de prestação de contas na Câmara Municipal de Goiânia. A crise que assola Goiânia não é apenas reflexo de escândalos pontuais, mas da completa ineficiência de uma administração que falhou em entregar soluções concretas para os problemas da cidade.

Anteriormente, o prefeito Rogério havia aparecido em coletiva de imprensa para justificar uma operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) contra a Prefeitura de Goiânia. Durante o discurso, recheado de mágoas e ressentimentos com a imprensa, ele prometeu que ficaria até o último dia de sua gestão em seu gabinete. A promessa, no entanto, foi mais uma das mentiras contadas ao longo dos últimos quatro anos.

Sob sua gestão, o Paço Municipal acumulou investigações por irregularidades contratuais e desvios de verba em três secretarias, conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pela Polícia Civil. São 11 procedimentos abertos somente pelo MPGO, que miram em práticas que denotam não apenas má gestão, mas um descompromisso com a coisa pública.

Embora o próprio MP afirme que não há indícios diretos que vinculem Cruz aos crimes, sua postura de se isentar e manter distância das responsabilidades fala mais alto. É como se o prefeito tivesse abandonado o comando da cidade muito antes do fim do mandato, em um claro descaso com os desafios enfrentados por Goiânia.

A ausência de liderança, somada às promessas não cumpridas, evidencia uma administração marcada por discursos vazios e gestos simbólicos que pouco ou nada refletem na vida do cidadão. Enquanto os problemas se acumulam, Goiânia segue sem rumo, vítima de uma gestão que se perdeu entre a incapacidade de governar e o peso de escândalos que minaram sua credibilidade.

A polícia e a justiça podem até deixar Rogério Cruz sair ileso, mas o prefeito não vai escapar da Lei de Responsabilidade Fiscal. Conforme sua fé, também deverá prestar contas no Juízo Final, onde a quem muito foi dado, muito será cobrado.