Diretor Ranulfo Borges fala de Waltercílio Pereira Alves, o Pocotó, ex-carateca e ex-policial militar que mora nas ruas de Goiânia e vive em uma situação de miséria
Sarah Teófilo
Da Cidade de Goiás
Vencedor do prêmio de melhor filme goiano na 17ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), “Lobo solitário: A saga de um herói brasileiro” se destaca pelo tempo de filmagem: foram sete anos acompanhando Waltercílio Pereira Alves, o Pocotó, catador de papel morador das ruas de Goiânia. O anúncio foi feito em cerimônia de premiação do festival, na Cidade de Goiás, onde o diretor Ranulfo Borges também recebeu um prêmio em dinheiro de R$ 40 mil.
Pocotó, o personagem principal da história, é um catador de papel muito marcante. Ex-lutador de caratê e ex-policial militar, Pocotó, de acordo com o diretor, vive uma situação de descaso e miséria. “É uma pessoa como as milhares que são excluídas. A pessoa perde o emprego, não consegue se restabelecer, e vai sendo jogada para a base da pirâmide” explica o cineasta.
A obra foi filmada de 2008 a 2014, e em diversos momentos desta trajetória, Ranulfo não conseguiu encontrar Pocotó. “Depois de um tempo ele reaparecia. Às vezes me ligava”, pontuou. Em discurso, o cineasta pede pela ajuda do governador Marconi Perillo (PSDB), ou de outras autoridades, para ajudar Pocotó no processo de consegui a aposentadoria. “Ele precisa muito de ajuda. Não consegue por questões burocráticas”, assegura.
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