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Samuel Almeida não deu garantias que atenderia às reivindicações e disse que a prefeitura sequer discute data base nesse momento

Foto: Bruna Aidar/ Jornal Opção

A reunião de sindicatos que representam os servidores municipais com o secretário Samuel Almeida nesta quarta-feira (26/7) no Paço Municipal terminou sem grandes avanços para a categoria. Entre as principais pautas, estavam o pagamento da data base com retroativo, o aumento do auxílio alimentação, que hoje é de apenas R$ 7,50 para 12 horas de trabalho, e o pagamento do salário no mês trabalhado.

Na mesa com os servidores, Samuel não quis assegurar que qualquer das demandas seria atendida e a única deliberação foi de que uma nova reunião entre as partes seria realizada na segunda quinzena de agosto, talvez com a presença de mais secretários. Segundo ele, mesmo que a data base seja um direito constitucional, a Prefeitura de Goiânia não tem previsão para o reajuste.

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Samuel afirmou que o Paço corre riscos de não pagar nem o salário em dia, e por isso, esta é a discussão mais urgente. “Hoje nós temos uma preocupação real de não termos descontinuamento no pagamento dessas servidores. As dificuldades são sérias e precisamos pensar a gestão com responsabilidade.”

Questionado sobre a afirmação do secretário de Finanças, Oseias Pacheco, de que o prefeito Iris tem dinheiro em caixa, Samuel contrariou o colega. “Esse recurso em sobra não existe aqui na prefeitura, gostaríamos que tivesse, até porque seria muito bom para a cidade que pudéssemos investir em todas as áreas carentes”, declarou ele.

Respostas não convencem

Para os representantes sindicais que estavam no local, as respostas foram vagas e não convenceram. Para a secretária do Sindisaúde, Fátima Veloso, a prefeitura de Goiânia está “brincando com o dia a dia do servidor” e, caso Iris não apresente solução no mínimo para a data base e para o pagamento no mês trabalhado, a categoria pode declarar greve.

“O secretário, palavras dele, estava lá empoderado pelo prefeito e não acenou com nenhuma possibilidade, tudo é para depois. A oportunidade foi dada e não há falta de dinheiro, porque nós fizemos um levantamento. Agora, a priorização não são os serviços e a valorização profissional. Se não cumpre a lei, como é que a população vai ser atendida?”, questionou ela. “Queremos que essa negociação avance porque se não, vai ter greve em Goiânia.”

Para o o servidor municipal e diretor da Associação dos Servidores Municipais em Obras (Asmob), Valderson Avelar, que representava os trabalhadores da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), a sinalização de Samuel de que a prefeitura sequer discute a data base por enquanto é “frustrante”. “Isso não é nenhum tipo de aumento, todo ano é esse atrito, até hoje estamos negociando e ele nem conversa sobre pagar o retroativo. O secretário marcou novas reuniões com a gente e nós não vamos arredar o pé”, garantiu ele.