Presidente nacional do PSC é investigado por envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos que deveriam ser aplicados no combate ao coronavírus no Rio

Jair Bolsonaro sendo batizado pelo pastor Everaldo, no rio Jordão, em Israel, em maio de 2016 | Foto: Reprodução

Com décadas de vida pública, o Pastor Everaldo foi preso na manhã desta sexta, 28, em meio a uma investigação que apura desvio de recursos públicos da saúde no Estado do Rio de Janeiro. O presidente nacional do PSC é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro — que deveria ser aplicado no combate à pandemia.

Mas essa não é a primeira vez que Everaldo tem seu nome envolvido em escândalos e polêmicas. Everaldo foi chefe da Casa Civil no governo de Antonhy Garotinho, onde formou parceria com Eduardo Cunha, em meados de 1999, na Cedae, a estatal de águas e esgotos do estado.

O pastor, que foi candidato nas eleições presidenciais de 2014, também foi acusado pela operação Lava Jato de receber R$ 6 milhões da Odebrecht para ajudar Aécio Neves (PSDB) em um debate presidencial na TV. No governo Witzel, o pastor retomou o poder sobre a Cedae, com nomeações na deficitária estatal.

A relação com o governador Wilson Witzel (PSC), que foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e é apontado como chefe do esquema de desvios no Rio, também está no campo religioso. O pastor realizou o batismo do governador.

Everaldo e Jair Bolsonaro também tiveram uma relação próxima. Entre 2016 e 2018, o pastor foi companheiro de partido de Bolsonaro, a quem chegou a batizar nas águas do rio Jordão. Enquanto o Senado votava o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o então o deputado federal, pelo PSC, Jair Bolsonaro, era batizado ao lado de seus filhos em Israel. (Com informações de O Globo)