“Respad vai se mobilizar sem custos fixos para ser acionada em casos de desastres”, diz Coronel Washington Luiz
13 dezembro 2024 às 15h33
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O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros de Goiás e Presidente da Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares (LIGABOM), Washington Luiz, relatou, ao Jornal Opção, a reunião em que participou na última quinta-feira, 12, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Na ocasião, o coronel e a equipe técnica da LIGABOM passaram a discutir a criação do Projeto de Respostas a Desastres (RESPAD), que está em fase de desenvolvimento.
O modelo, que vem sendo discutido com o ministério, é inspirado no dos Estados Unidos. A LIGABOM tem como objetivo criar uma força-tarefa nacional de bombeiros, treinada e nivelada, para anteder a desastres naturais em todo o Brasil.
Segundo o comandante, a ideia surgiu após o desastre das enchentes no Rio Grande do Sul, que teria evidenciado a capacidade de atuação dos bombeiros em desastre de grande escala. Por conta disso, a LIGABOM se mobilizou de forma independente para ajudar no resgate de vítimas e no atendimento da população.
O comandante explica que o programa funcionará como uma força nacional virtual, com bombeiros treinados e equipados em seus próprios estados, prontos para serem acionados em caso de desastre. “Treinaremos em nível Brasil, tendo todos treinando o mesmo protocolo e, após isso, fazemos um nivelamento geral. Com isso, o Governo Federal terá um banco de dados com as forças tarefas que poderão ser acionadas em casos de desastre. Teremos os nivelamentos de níveis 1 a 3, que serão enviados de acordo com a necessidade”, afirma.
“O bombeiro está no quartel onde não gera despesa extra e continua treinando. Caso seja necessário, chega uma mensagem no celular avisando que ele está sendo relacionado para atender um desastre, e isso faz com que ele tenha que se locomover. Isso funciona nos Estados Unidos”, continuou.
“Fazemos a resposta desastre aqui, terminou o tumulto, devolve os bombeiros para os seus municípios sem fazer prejuízo. Reforça a agilidade e a eficiência do RESPADE. Os bombeiros são acionados apenas quando necessário, atuam de forma integrada e retornam para seus estados após o término da operação, sem gerar ônus para o governo federal”, completou.
A força tarefa será financiada pelo Ministério da Justiça e, com o programa, o governo federal terá um papel mais ativo e eficiente na resposta a desastres, garantindo recursos e apoio logístico aos estados em situações de emergência. Mesmo ainda estando em desenvolvimento, a expectativa é de que o programa seja lançado em breve.
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