A coligação “A Força da União”, formada pelos partidos União Brasil, PSD, MDB, Podemos, PP e PSB de Posse, entrou com ação contra o partido Republicanos da cidade por suspeita de fraude na cota de gênero. De acordo com a ação, o Republicanos teria utilizado uma candidatura fictícia para cumprir a cota estipulada pela Justiça Eleitoral.

Segundo o documento, o Republicanos teria utilizado a candidatura de Vitória Lima para cumprir a cota de gênero. Vitória, no entanto, não teria realizado nenhuma atividade de campanha e recebido poucos votos.

Na ação, que possui quase 150 páginas, a coligação apresenta evidências, como a falta de presença da candidata nas redes sociais e a ausência de gastos com campanha, para sustentar a acusação. Outro ponto citado pela ação é a relação familiar de Vitória com outro candidato do mesmo partido, Nivaldo Júnior, que concorria ao mesmo cargo.

“A candidata Vitória Lima obteve somente 5 votos, fruto da ausência de efetiva campanha e da candidatura de Nivaldo Jr. pertencente ao mesmo núcleo familiar e concorrendo ao mesmo cargo eletivo”, diz trecho da ação.

“Ocorre que Vitória Lima, uma jovem de 19 anos, ativa nas redes sociais e com todas as ferramentas à disposição, sequer realizou campanha digital”, continua o documento.

Vitória Lima nasceu em 2005 e é enteada de Nivaldo Júnior. Nivaldo obteve 296 votos no pleito municipal, ficando na suplência. Vitoria, por sua vez, conseguiu apenas 5 votos, mas também acabou ficando na suplência em Posse.

Registro de candidatura de Vitória Lima no TSE | Foto: Reprodução/TSE

Caso a fraude na cota de gênero seja comprovada, a ação pode resultar na cassação do registro ou do diploma dos envolvidos, incluindo o dirigente partidário, e na inelegibilidade dos mesmos por oito anos.

O Jornal Opção tentou contato com o Republicanos de Posse mas não obteve resposta até o fechamento dessa matéria. O espaço segue aberto para manifestações.