Republicanos ajuda a adiar sessão do CPMI do 8 de janeiro
18 abril 2023 às 16h37
COMPARTILHAR
Mesmo se declarando independente no Congresso Nacional, o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal, tem feito acenos ao governo Lula. O último deles, nesta terça-feira, 18, quando o líder da sigla na Câmara, Hugo Motta (PB), declarou ser favorável ao adiamento da sessão do Congresso em que seria lido o requerimento de instalação da CPMI do 8 de janeiro.
A pedido de líderes da base, o presidente do Senado na qual Rodrigo Pacheco (PSD-MG) confirmou o adiamento da sessão para 26 de abril, que estava inicialmente previsto para amanhã. Com isso, o Planalto ganha mais uma semana para convencer deputados e senadores a retirar assinaturas do requerimento e enterrar de vez a investigação sobre as invasões dos Três Poderes no início de janeiro.
Republicanos no alvo
De acordo com a coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, os parlamentares favoráveis à CPMI dizem que o Republicanos é o principal alvo do governo para retirada das assinaturas. A avaliação é de que o gesto do líder foi um sinal de alinhamento ao governo nesse tema.
A oposição diz que há cerca de 20 assinaturas de deputados e senadores do Republicanos no requerimento. O governo precisaria convencer cerca de 30 parlamentares para minguar a instalação do colegiado. Hoje, o Republicanos é oficialmente independente. O presidente da legenda, deputado Marcos Pereira (SP), diz que não há chances de a sigla mudar de posição e virar base do governo.
A abertura de uma CPMI requer um mínimo de 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. De acordo com o autor do requerimento, deputado André Fernandes (PL-CE), a lista até o momento garante certa folga para que o colegiado seja instaurado: o parlamentar contabiliza o apoio de 192 deputados e 37 senadores.