Um estudo científico publicado nesta quarta-feira, 24, aponta que o medicamento antirretroviral lenacapavir, da Gilead Sciences, tem eficácia de 100% na prevenção do HIV. Os dados foram divulgados na revista “New England Journal of Medicine (NEJM)” e apresentados na 25ª conferência internacional sobre a Aids, em Munique.

A taxa de eficácia é a mesma apresentada de forma preliminar em junho, quando foram divulgados os primeiros resultados do estado de Fase 3, que é quando medicamentos são testados em grandes grupos.

O estudo acompanhou mais de 2 mil mulheres cisgênero na Uganda e na África do Sul. O medicamento injetável é aplicado apenas duas vezes por ano e se provou tão eficaz que o estudo chegou a ser interrompido precocemente, já que os resultados superaram os critérios de interrupção pré-definidos.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids emitiu um comunicado afirmando que o medicamento oferece uma esperança para acelerar esforços para acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2023, meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Porém, para que isso possa acontecer, a ONU afirmou que a farmacêutica deve assegurar que todas as pessoas que necessitam do medicamento, que custa cerca de US$ 40 mil por ano, tenham acesso.

“Garantir o acesso global equitativo a novas tecnologias pode ajudar o mundo a se colocar no caminho para acabar com a Aids como uma ameaça à saúde pública até 2030”, disse Winnie Byanyima, Diretora Executiva do Unaids.

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