Reintegração de posse da Câmara por meio de força policial deve ser cumprida nesta tarde
24 junho 2014 às 12h50
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Os educadores decidiram a permanência da greve e da ocupação na Câmara. Comissão de Conflitos da Secretaria de Segurança Pública havia marcado para esta terça-feira a decisão de reintegração de posse
A dois dias de completar um mês de greve e há 14 dias ocupando a Câmara Municipal Goiânia, os servidores administrativos, docentes e auxiliares de atividades educativas da Rede Municipal de Educação de Goiânia se reuniram em assembleia na manhã desta terça-feira (24/6) e decidiram, sem uma proposta de negociação da Prefeitura de Goiânia, que a greve e a ocupação continuam. Portanto a ordem judicial de desocupação e reintegração de posse deve ser cumprida no final desta tarde com resistência dos grevistas.
As discussões entre os profissionais de educação ocorreram no Plenário da Câmara. Na tarde dessa segunda-feira (23) a prefeitura havia condicionado negociação com servidores para o fim imediato da greve. A previsão era de que fosse protocolada a resposta ao ofício da Comissão de Conflitos Fundiários da Secretaria da Segurança Pública (SSP-GO), sobre as reivindicações do movimento grevista dos servidores da Educação. Entretanto, o prefeito Paulo Garcia (PT) não respondeu à esta solicitação.
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O professor Antônio Gonçalves, coordenador do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação em Goiânia (Simsed), disse ao Jornal Opção Online que apesar da Comissão de Conflitos determinar um prazo para a desocupação da Câmara, previsto para as 16h desta terça-feira, a ocupação vai continuar. “Só vamos desocupar a Câmara depois que o prefeito negociar com a categoria”.
Até o momento de publicação da matéria, o coronel Edson Costa, presidente da Comissão, estava reunido com o juiz Fabiano Aragão, da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos de Goiânia para decidir se haverá ou não a desocupação do prédio. O juiz havia decidido à reintegração de posse da Câmara por meio de força policial caso houvesse resistência e permanência dos grevistas.
A reivindicação geral da greve é o não cumprimento integral do acordo firmado entre a Prefeitura de Goiânia e os educadores, como a incorporação da gratificação de regência de classe, pagamento das titularidades e progressões. O acordo foi firmado em outubro do ano passado, quando houve a última greve, que na época durou quase um mês.