Índices relacionados aos registros, circulação com armas e importação aumentaram depois de política de armamento defendida pelo Governo

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Depois que o presidente Jair Bolsonaro assumiu a presidência e aprovou diversos decretos relacionados a armas de fogo, os registros concedidos pela Polícia Federal subiram 48% em 2019, a maior taxa desde 1997. Os dados são da Lei de Acesso à Informação da Controladoria Geral da União (CGU) e mostram que nos primeiros 11 meses deste ano, os registros subiram de 47,6 mil para 70,8 mil.

Esses números não incluem caçadores, atiradores e colecionadores, que são os registros concedidos pelo Exército. Nessas categorias, a alta foi de 8%. Em 2018, haviam 60 mil registros e, nos primeiros 11 meses de 2019, essa taxa subiu para 65 mil.

A permissão para pessoas físicas circularem armadas também aumentou. Em 2018, a média mensal era de 246. Em 2019, passou para 280, um aumento de 14%. A importação de armas também subiu. De janeiro a agosto de 2018, foram importadas 17,5 mil revólveres e pistolas. Em 2019, nos mesmos meses, ocorreram 37,3 mil importações dessas armas para o Brasil.

Entre os decretos assinados por Bolsonaro, está o aumento de três para 10 anos para a renovação do registro, flexibilização das regras para atiradores, caçadores e colecionadores e o aumento da potência da arma para civis.

No Estado de Goiás, de janeiro a setembro, também subiu a quantidade de registros de armas. De acordo com dados da Polícia Federal, do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), os registros cresceram 24,4%. Isso quer dizer que de 17,781 pessoas com registros em 2018, neste ano passaram a ser 22,120 mil. A maioria das legalizações ocorreram após o presidente editar os decretos.

Uma das maiores preocupações na Segurança Pública, ocasionadas pelo aumento de armas no meio da população é ela parar em mãos erradas. Em São Paulo, por exemplo, 53% dos roubos e furtos de armas ocorrem dentro de residências e comércios, como divulgou o Jornal Folha de São Paulo.