Depois de uma semana de recesso de São João, os deputados federais retornam à Brasília para discutir a regulamentação da reforma tributária. Os deputados terão aproximadamente duas semanas, entre os dias 1º e 17 de julho, para votar pautas prioritárias. Isso porque o tradicional recesso parlamentar tem início no dia 18, e vai até o dia 31. Para entrar em recesso, o Congresso precisa aprovar antes o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício fiscal de 2025.

Um dos grupos de trabalho — que detalha o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que irá substituir os impostos federais e estaduais — reuniu-se no domingo para discutir sobre a cesta básica. O grupo discutiu a inclusão de carnes na Cesta Básica Nacional, com alíquota zero de impostos. A medida vale tanto para proteínas bovinas, frango e peixe. Outro item que também deve entrar na cesta básica é o sal. A versão enviada pelo governo ao Congresso prevê uma alíquota de tributos reduzidas em 60% para carnes bovinas, suínas, ovina, caprina e de aves (exceto foie gras).

Para evitar que a inclusão desses produtos na cesta básica pressione o aumento da alíquota padrão, prevista para 26,5%, os parlamentares podem incluir novos itens do chamado Imposto Seletivo. Este dispositivo foi incluído na Reforma Tributária, também chamado de “imposto do pecado”, tem como objetivo desestimular o consumo de produtos considerados nocivos à saúde ou ao meio ambiente. Entre os produtos com essa taxação estão veículos, embarcações e aeronaves, cigarros, bebidas alcóolicas, bebidas açucaradas e bens minerais extraídos.

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