Reajuste do judiciário vai impactar em R$ 80 milhões na folha anual do Estado, diz Caiado
14 novembro 2018 às 14h47

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Governador eleito votou contra projeto de lei que concede aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e à procuradora-geral da República

Em meio a tramitação de projeto que prevê aumento do salário do Poder Judiciário, o senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) diz que é contra o reajuste e calcula que impacto para Goiás seja de R$ 80 milhões no ano. Caiado foi um dos senadores goianos que votaram contra o projeto.
“Em época de crise financeira e grande número de desempregados, não é correto que seja feito um reajuste a um poder que já tem garantias constitucionais de estabilidade”, disse o democrata em entrevista coletiva, após encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Para Caiado, a votação para o aumento salarial dos magistrados foi inoportuna e disse que espera que haja bom senso para adiamento desse repasse. “Só no meu Estado de Goiás, onde vou assumir, esse acréscimo deve chegar a R$ 80 milhões na folha de pagamento anual”, informou, endossando que a medida só aprofundaria crise financeira do estado.
O aumento é destinado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e à procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Mas provoca efeito cascata sobre funcionários públicos do judiciário e abre brecha para aumento dos salários dos parlamentares e do presidente da República. Todos os senadores goianos votaram contra a proposta.