Raquel discute projeto de implantação de OSs na educação com estudantes
05 janeiro 2016 às 19h57

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Em uma das escolas que a secretária de Educação tentou visitar, alunos receberam equipe da Seduce e conversaram sobre o assunto

Durante quase uma hora, a secretária estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) Raquel Teixeira conversou na manhã desta terça-feira (5/1) com alunos que ocupam o Colégio Estadual Jad Salomão, em Anápolis, sobre o processo que o Estado pretende implantar de terceirização compartilhada da gestão das escolas em Goiás.
Os alunos, que pediram para não serem identificados e nem fotografados, receberam Raquel e a subsecretária regional de Anápolis, Sonja Maria Lacerda, em um saguão da escola. Segundo a secretária, o restante do grupo da Seduce não foi autorizado a entrar na unidade por dois estudantes que vigiavam o portão.
“Há um bocado lá dentro”, disse a Raquel um dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio sobre a quantidade de estudantes que participa da ocupação do Colégio Estadual Jad Salomão, em Anápolis. De acordo com a secretária, o total de pessoas que participavam da manifestação na escola não parecia ser maior do que cinco.
“Estudantes que se dispõem a passar o Natal fora de casa é porque acreditam que estão lutando por uma causa justa e eu respeito. Gostaria de uma chance para conversar”, disse Raquel aos estudantes. A secretária informou que ficou quase uma hora no local e respondeu às perguntas dos alunos.
Esclarecimentos
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Raquel, na conversa com os estudantes, informou que o projeto de gestão compartilhada das escolas não vai fechar colégios de Anápolis nem tem qualquer plano de reordenamento previsto.
Ao ser questionada sobre uma possível privatização das escolas estaduais, a secretária respondeu que o que será a medida a ser adotava prevê uma parceria com as organizações da sociedade civil, representadas pelas OSs, para ajudar a Seduce a “melhorar a qualidade” dos colégios.
Os alunos perguntaram também o que vai acontecer com os professores temporários. A secretária disse aos estudantes que eles terão a chance de ser contratados por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e terão asseguradas todas as garantias trabalhistas, inclusive o piso salarial da profissão.
Raquel usou exemplos semelhantes para responder os estudantes: “Alguém duvida que uma carreira na Embrapa ou no Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) é boa? Nos dois os contratos são pela CLT”.
De acordo com a secretária, ela reafirmou aos secundaristas do colégio de Anápolis que o ensino permanecerá público, sem cobrança de matrículas, mensalidades ou qualquer contribuição e taxa. “Os alunos terão direito a cotas para acesso às universidades”, disse.
“Estamos trabalhando para promover o aprendizado dos alunos e facilitar o trabalho dos professores e diretores, vocês podem confiar”, afirmou Raquel, que se colocou à disposição dos alunos para conversar mais vezes.
Outros encontros
Raquel tem marcado para o dia 20 uma reunião com o colegiado da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e no dia 27 com a Faculdade de Letras da UFG. Nos dois eventos, o tema discutido será o projeto de gestão compartilhada da gestão das escolas estaduais com OSs.