‘Rádio Novelo’ lança podcast sobre a Avestruz Master, e anuncia até em outdoor em Goiânia
21 outubro 2025 às 15h33

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A Rádio Novelo, considerada uma das maiores produtoras de podcasts jornalísticos e investigativos do Brasil, lança, nesta semana, um podcast que vai contar a história da Avestruz Master, empresa de Goiás que aplicou um dos maiores golpes financeiros da história do Brasil.
Com a promessa de lucro com avestruzes, a empresa, que não passava de um esquema de pirâmide financeira, gerou prejuízo de quase R$ 1 bilhão para cerca de 50 mil pessoas em todo o país.
O esquema de fraude financeira ficou conhecido como um dos maiores e mais danosos da história do país, levando muitos a perderem tudo o que tinham e alguns até a tirarem a própria vida.
Essa história será contada no podcast “Avestruz Master”, da Rádio Novelo. Com previsão de lançamento do primeiro episódio no próximo dia 23 de outubro, quinta-feira, a série será dividida em cinco capítulos com lançamento semanal, e poderá ser acompanhada pelo Spotify e YouTube.
Para anunciar a produção, até hoje tema sensível para os goianos, a Rádio Novelo investiu pesado em divulgação em Goiânia. No Jardim América, na divisa com o Setor Bueno, um outdoor foi colocado com o anúncio: “Vem aí: Avestruz Master, um podcast original da Rádio Novelo”.
Lucro e queda pelo avestruz
O grupo ‘Avestruz Master’ teve grande atuação no mercado de capitais entre os anos de 2003 e 2005 em Goiás e em todo o Brasil, segundo o Ministério Público Federal (MPF), e investidores de todas as partes do território nacional, mas principalmente goiano.
Em 2006, as empresas do grupo foram fechadas após denúncia de procuradores da República com atuação na área criminal em Goiás por crimes cometidos contra o sistema financeiro, contra a economia popular e contra as relações de consumo.
No ano de 2007, foi determinada a liquidação de todos os bens da massa falida do grupo. Na época, vendidas as fazendas, frigoríficos e bens particulares como apartamentos e veículos que estavam em poder da Justiça Federal.
Essa questão, inclusive, dificultou a devolução do dinheiro dos investidores. Muitos nunca conseguiram recuperar os valores investidos.
Já em janeiro de 2010, os réus foram condenados em 1ª instância a mais de 38 anos de prisão.
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