Quatro anos depois, Dilma e Aécio vivenciam momentos difíceis nas urnas
07 outubro 2018 às 21h56

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Ex-presidente petista termina corrida ao Senado na quarta posição e não consegue se eleger por Minas Gerais. Aécio Neves (PSDB), apesar de votação baixa, se torna deputado

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Em outubro de 2014, a petista Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). A candidata indicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegava a sua reeleição com 51,64% dos votos válidos, sendo escolhida por 4.501.118 eleitores brasileiros, contra 48,36% do tucano, que recebeu 51.041.155 votos. Mas esse cenário de liderança nacional ficou para trás.
Dilma sofreu o processo de impeachment e foi destituída do cargo de presidente da República no dia 31 de agosto de 2016. Já Aécio foi acusado de envolvimento com crimes de corrupção e viu seu prestígio de ex-candidato ao Palácio do Planalto e presidente nacional do PSDB se esvaziar.
Enquanto Dilma optou pelo retorno à política como candidata a senadora por Minas Gerais, Aécio escolheu se lançar concorrente à Câmara dos Deputados nas vagas reservadas ao Estado. Bastante reduzidos em importância nos seus partidos e prestígio entre os filiados de suas siglas mineiras, os dois tiveram resultados diferentes neste domingo (7/10).
Com 100% das urnas apuradas em Minas, Dilma viu sua candidatura terminar no quarto lugar, longe de conseguir uma vaga no Senado, com 15,35% dos votos válidos. Apenas 2.709.223 eleitores mineiros votaram na ex-presidente destituída frente aos 3.616.864 votos, 20,49% válidos, que recebeu o eleito jornalista Carlos Viana (PHS) e os 3.568.658 do também eleito Rodrigo Pacheco (DEM), que atingiu 20,22% dos votos válidos.
Aécio Neves aparece como eleito para uma das 53 cadeiras de deputado federal por Minas Gerais com 100% dos votos apurados em Minas. Também longe da votação que obteve para presidente no segundo turno de 2014, quatro anos depois, o tucano surge na 19ª colocação para a Câmara dos Deputados pelo Estado com apenas 106.702 votos, o que dá 1,06% da votação válida.
Curioso foi ver que os presidenciáveis petista e tucano esconderam seus antecessores na disputa no primeiro turno. Enquanto o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que está no segundo turno, tratou de buscar o legado da bonança econômica dos tempos dos governos do Lula (2003 a 2010) e ignorou as gestões Dilma (2011 a 2016), o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), que terminou a corrida eleitoral na quarta colocação, fingiu que Aécio nem existia. Inclusive, quando questionado, se preservava afirmando apenas que “o senador não foi condenado em nenhuma das acusações”.