Quadrilha que assaltava residências no Setor Jaó é presa
05 março 2015 às 12h30

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Jovens de Anápolis assaltaram pelo menos três casas desde o início deste ano

O delegado Maurício Massanobu Kai, do Grupo de Repressão a Roubos em Residências da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC), apresentou na manhã desta quinta-feira (5/3) quatro jovens — Carla Alves, Everton Sena Guedes Lins, Rafael Santana de Almeida e Samuel Marques Fraga — de Anápolis presos por assaltarem pelo menos três residências no Setor Jaó, em Goiânia. A polícia chegou aos suspeitos através de filmagens de câmeras de segurança.
Carla, de apenas 20 anos, está grávida de Rafael, o suposto líder do grupo. Ele foi o primeiro a ser preso. Samuel e Carla foram encontrados em Aruanã enquanto tentavam fugir e Everton está foragido. O integrante mais velho da quadrilha tem 25 anos e todos já têm passagem por porte ilegal de arma, tráfico de drogas e roubo, menos Samuel.
O delegado supõe que Rafael, que é de família de classe média alta, tenha entrado para o mundo do crime pela “emoção” e para conseguir “prestígio” nesse meio. O suposto líder da quadrilha também está sendo investigado por dois assassinatos em Anápolis.
A quadrilha agia sempre a pé. Os jovens ficavam perambulando pelo setor esperando encontrar alguém entrando ou saindo de casa. Eles abordavam as vítimas com duas pistolas, que ainda não foram encontradas, e entravam junto com elas nas residências, onde pegavam tudo o que encontravam de valor. Por fim, o grupo fugia no carro da família. A escolha pelo Setor Jaó foi feita devido à proximidade da BR-153, que é saída para Anápolis, e pelas casas de alto padrão.
As vítimas relataram à polícia que a quadrilha era verbalmente agressiva e ameaçavam durante toda a ação com o fim de conseguir sempre mais objetos de valor. Uma das vítimas da quadrilha é um juiz, que foi rendido quando chegava em casa na companhia de sua filha nove anos. O quarteto, ao fugir no carro do magistrado, levou ambos, pai e filha, até a área rural de Aparecida de Goiânia, onde os abandonou.
A polícia não recuperou nada durante a prisão dos suspeitos. O delegado Maurício Kai explica que normalmente nesse tipo de crime os bandidos se desfazem rapidamente dos produtos roubados até mesmo para não produzir provas contra eles mesmos.
O Código Penal brasileiro prevê pena de quatro a dez anos para o crime de roubo. Neste caso, os jovens podem ficar ainda mais tempo encarcerados, pois existem agravantes como o uso de arma.