Putin diz que Nobel da Paz perdeu prestígio e elogia esforços de Trump pela Ucrânia
10 outubro 2025 às 17h30

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou nesta sexta-feira, 10, o Comitê Norueguês do Nobel, afirmando que o “prestígio do prêmio se perdeu” ao ser concedido a pessoas que “nada fizeram pela paz”. A declaração foi feita durante visita oficial ao Tajiquistão, no mesmo dia em que a líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi anunciada como vencedora do Nobel da Paz de 2025.
“Houve casos em que o Comitê Nobel concedeu o prêmio a pessoas que nada fizeram pela paz. O prestígio do prêmio se perdeu em grande parte”, afirmou Putin, em discurso na capital tajique, Dushanbe.
Durante o evento, o líder russo também elogiou os esforços do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Ucrânia. Segundo Putin, Trump “tem um entendimento geral” sobre como alcançar uma solução pacífica para o conflito. “Ele está sinceramente atento a isso. Talvez ainda possamos fazer mais, com a ajuda de acordos e discussões. Mas ele realmente está tentando resolver situações internacionais difíceis”, destacou o presidente russo.
Putin participou de uma agenda bilateral com o presidente Emomali Rahmon, voltada ao fortalecimento das relações entre Rússia e Tadjiquistão, e também discutiu temas da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Nos Estados Unidos, após Trump não conquistar o Nobel da Paz, o diretor de Comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, afirmou que o Comitê “colocou a política acima da paz”.
María Corina Machado vence Nobel da Paz
O Comitê Norueguês do Nobel justificou a escolha de María Corina Machado pelo “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano” e pela “luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Ao saber da vitória, Corina afirmou estar em “choque” e disse “não acreditar” na conquista. A líder opositora está impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024 e vive escondida, após o regime de Nicolás Maduro iniciar uma nova onda de perseguições políticas no país.
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