“Saímos com água pelo joelho, no escuro total e com um vento muito frio”, conta Célio Rezende

Célio Rezende em Havana | Foto: Arquivo Pessoal

Na noite de domingo, 27, um tornado atingiu a cidade cubana de Havana, deixando três mortos, 172 feridos e um rastro de destruição em vários bairros. O publicitário goiano Célio Rezende estava na cidade e falou ao Jornal Opção sobre a experiência que viveu durante o fenômeno meteorológico.

“É uma coisa extraordinária. Uma chuva que chega de uma hora para outra, em 10 segundos, e já vem com toda intensidade”, afirmou o publicitário que estava em um restaurante ao lado do Malecón, orla da capital cubana e um dos principais cartões-postais da cidade.

O tornado se formou em meio a uma tempestade que já afetava a zona oeste de Cuba, com rajadas de até 100 km/h. A força dos ventos do fenômeno pode ser comparada com a de um furacão de categoria 4 ou 5, porém com impacto mais concentrado, segundo informações divulgadas pela imprensa cubana.

“Ficamos parados no restaurante, por causa da chuva e vento forte, sem energia elétrica, até o ônibus chegar e nos levar embora por volta de 1 hora da manhã”, relatou o goiano.  A energia foi cortada pelo governo cubano para evitar maiores problemas, sendo reestabelecida gradualmente.

Célio se surpreendeu com a imagem de destruição do tornado e relatou momentos de tensão ao deixar a região de Malecón durante a madrugada. “Fomos embora embaixo de chuva e como estávamos perto do mar a agua subiu muito rápido. Saímos com água pelo joelho, no escuro total e com um vento muito frio”.

“Hoje pela manhã tive noção da gravidade do que vivi, morreram três pessoas e 172 ficaram feridas”, lamentou o publicitário.