“PTB fará parte da chapa majoritária, isso é uma condição”, diz Jovair Arantes
02 abril 2017 às 11h41

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Presidente do diretório goiano do partido volta a dizer que apoio ao governo Marconi Perillo não é garantia de união em 2018
O deputado federal Jovair Arantes (PTB) afirmou, durante entrevista na última semana, que Marconi Perillo (PSDB) é o “melhor governador da história de Goiás” e o comparou a grandes líderes como Pedro Ludovico Teixeira e Henrique Santillo.
No entanto, deixou bem claro que os recentes elogios e a participação do PTB no primeiro escalão do governo estadual não são garantia de aliança para 2018. “Eu faço elogios, que não são gratuitos, mas isso não quer dizer que somos umbilicalmente ligados, que está tudo resolvido, que vai ser da forma como está. Ainda temos que discutir”, explicou.
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Posta a pré-candidatura do vice-governador José Eliton (PSDB) como candidato do governismo ao Palácio das Esmeraldas, muito se especula sobre a configuração da chapa. Isso porque, se não disputar a Presidência ou a Vice-Presidência da República, o governador Marconi Perillo (PSDB) tende a ser candidato ao Senado, restando apenas uma vaga. Congestionado, o cenário inclui o PTB de Jovair Arantes, o PSD de Vilmar Rocha, o PSB de Lúcia Vânia e o PP de Wilder Morais: todos potenciais postulantes.
Segundo o presidente do diretório goiano, o PTB estará, sim, na chapa majoritária: “Não temos como não fazer parte. Essa é uma das condições já colocadas pela executiva e pelos integrantes. Não podemos perder de vista que é um partido que tem crescido sistematicamente no estado inteiro e de uma forma orgânica.” A tese de Jovair é que não há nada definido, como muitos pensam (que será difícil não escolher Wilder Morais ou Lúcia Vânia), e que ainda há muito para acontecer.
“Vou usar uma frase antiga do Tancredo. A política é como nuvem, você olha agora e ela está de um jeito, daí a pouco um vento bate e ela muda, já é outro desenho. A política é a mesma coisa, tem um desenho a ser colocado, a ser definido e ele vai ser finalizado, uma arte final que vai será feita no ano que vem”, disse.
Caso a aliança com a base marconista não se viabilize, o petebista faz questão de dizer que não terá dificuldades de caminhar com a oposição. “O PTB não tem dificuldade de discutir com nenhum partido, nós não temos estreitamento político, não temos ‘raiva’ desse ou daquele partido. Nós temos entendimento de que a democracia se faz com partidos que dialogam, que cumprem compromissos e estabelecem metas de ação”, complementou.
