PT tenta barrar impeachment na Comissão de Direitos Humanos da OEA
10 agosto 2016 às 14h26

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Grupo de parlamentares do partido argumenta que processo desrespeitou protocolos internacionais dos quais o Brasil é signatário

Sob a alegação de que o processo de impeachment não respeitou alguns protocolos internacionais dos quais o Brasil é signatário, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira ( PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) e o senador Telmário Mota (PDT-RR) protocolaram, nesta quinta-feira (10/8), uma representação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos, para tentar anular o procedimento.
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A medida é tomada poucas horas depois de o Senado aprovar, na madrugada desta quarta-feira (10/8), o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) que recomendava que a presidente Dilma Rousseff (PT) fosse a julgamento na casa pelo crime de responsabilidade fiscal. Segundo o Partido dos Trabalhadores, também participaram da elaboração da denúncia um grupo de juristas brasileiros e argentinos.
Além de apontar irregularidades, os petistas também argumentam que ela não respondeu a processo penal e que, por isso, não deveria estar sendo vítima desse processo. “Não há nenhum crime praticado pela presidenta da República, ela não respondeu a nenhum processo penal”, afirmou Paulo Teixeira.
“Pela nossa Constituição, se retirar um presidente sem cometer crime, é golpe”, disse ele. “Nós vamos brigar em todas as esferas, sejam elas parlamentares, judiciais, na rua ou no exterior, para denunciar esse golpe. Para o País ter a sua normalidade democrática restabelecida e que o direito da população seja respeitado. Esse direito se expressou com mais de 54 milhões de votos”, completou Wadih Damous.