Por Luan Monteiro e Raphael Bezerra

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Goiás deverá compor com qualquer legenda disposta a subir em palanques em apoio a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi confirmada por membros da legenda ao Jornal Opção.

De acordo com fontes, a frente democrática, do qual o PT faz parte, tem predisposição para discutir com outras legendas que podem apoiar Lula. “Temos posição para começara tomar essa decisão. Estamos dispostos a conversar com toda e qualquer liderança política de Goiás que se dispõe a discutir nosso projeto”, afirmou.

Para 2026, as conversas de uma candidatura própria do partido ainda vem sendo discutida. “Vamos buscar o que queremos para ampliar a frente em torno da candidatura de Lula. Estamos chegando no momento de colheita de que tudo foi plantado nos últimos dois anos e acredito que o presidente Lula estará em uma posição bastante privilegiada para as eleições de 2026”, completou.

A reportagem conversou, sob reserva, com parlamentares do PT na Assembleia Legislativa de Goiás que avaliaram a possibilidade de alianças para a disputa pelo Palácio das Esmeraldas em 2026. “Lula vai ter candidato em Goiás e ele quer ganhar em Goiás. Agora, quem vai ser é que são elas. Mas não é o Marconi”, enfatizaram.

A premissa, de acordo com os deputados, é que qualquer aliança deve envolver o compromisso de apoiar a candidatura à reeleição do presidente Lula (PT). Sobre uma coalização em torno de Daniel Vilela (MDB), os congressistas apontam que a candidatura de Ronaldo Caiado (UB) à presidência pode ser um impeditivo. “No caso do Caiado não ser candidato a presidente é possível pois assim o Daniel não teria compromisso de apoio à outra candidatura à presidência”, opinam.

O partido pode ainda lançar uma candidatura própria ao Governo com o intuito de montar um palanque no Estado para receber o presidente Lula, embora o desejo seja compor em uma chapa mais robusta e com maiores chances de vitória.

Aliança com Marconi

Na coluna Bastidores do último sábado, 15, petistas informaram que o partido não prevê lançamento de candidato a governador em 2026, daqui a um ano e sete meses. A intenção é unir-se a um político com relativa força e garantir um palanque para o candidato do partido a presidente da República, possivelmente o presidente Lula da Silva, do PT.

As fontes frisam que, “antes, Marconi Perillo precisa se livrar da ‘influência’ da dupla Jardel Sebba e Jaime Rincon, que, bolsonaristas, não querem aliança do ex-governador com a esquerda”. Em 2022, o tucano, afastando-se do centro, adotou um discurso de direita. Não certo, em termos eleitorais. Porque o campo bolsonarista já estava ocupado pelo senador Wilder Morais.

Os petistas postulam que Marconi Perillo não vai conseguir formatar nenhuma aliança de peso em Goiás, exceto com o PT dos deputados federais Adriana Accorsi e Rubens Otoni, dos deputados estaduais Antônio Gomide e Mauro Rubem e dos vereadores Kátia Maria, Edward Madureira e Fabrício Rosa.

Os petistas querem formatar uma frente de centro-esquerda, ou seja, o que se quer é a constituição de uma frente progressista. Por isso podem apoiar Marconi Perillo, do PSDB, para governador. O vice poderia ser do PSB (Elias Vaz) ou do PT (por exemplo, o vereador Edward Madureira, de Goiânia) e Rubens Otoni seria um dos candidatos a senador. A segunda vaga para a disputa do Senado poderia ser de Jorge Kajuru. Mas o senador do PSB aceitaria compor com Marconi Perillo, de quem é rival histórico (apesar do pedido de desculpas recente)?

Ao menos dois petistas já conversaram com Marconi Perillo. As conversas serão mantidas e ampliadas. Mas não se fará anúncio dos diálogos neste momento. Sobretudo porque os petistas estão de olho no futuro do PSDB.

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