PSOL discute aliança com PT, com condição de distanciamento de Marconi
10 junho 2022 às 11h49

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Reunião incluiu ala petista em favor de Wolmir Amado e lideranças pesolistas
Representantes das federações lideradas por PT e PSOL em Goiás reuniram-se na Câmara Municipal de Goiânia para discutir a possibilidade de uma unidade de esquerda no Estado, em prol do fortalecimento do palanque do pré-candidato a presidência Lula da Silva (PT). O chamado para o eencontro foi feito pelo vereador Mauro Rubem (PT), um dos líderes do partido que entende que a candidatura do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Wolmir Amado, seria mais importante do que uma possível coligação com Marconi Perillo (PSDB) ou José Eliton (PSB).
Presente na reunião, a pré-candidata ao Senado Manu Jacob (PSOL) explicou que a reunião ocorreu para discutir a aliança, após distanciamento do PSOL, que anteriormente rejeitou coligação com o PT por conta da presença dos adversários marconistas no radar petista. “Para a gente, isso é a representação de uma política a favor de privatizações, perseguições de direitos dos trabalhadores e tudo que a política marconista representou no nosso Estado”, declarou ao Jornal Opção.
Manu reconhece que PT e PSOL estão juntos na construção do comitê do ex-presidente Lula em Goiás, mas alerta que a aproximação pelo projeto nacional não significa que os partidos estão em composição estadual. A pré-candidata ao Senado, porém, destaca a importância do diálogo. “Achamos que seria importante uma frente de esquerda para combater o conservadorismo. Não quer dizer que estamos juntos, até porque o PT ainda está em processo de decisão, mas é uma sinalização que a gente tem interesse nessa unidade”, pontuou.
A indecisão do PT deve-se a uma divisão de alas sobre quem vai ser o candidato ao governo de Goiás do partido. De um lado, aponta Manu, Mauro Rubem é liderança que entende a força da candidatura de Wolmir Amado, enquanto um outro grupo aposta em aproximação do ex-governador Marconi Perillo, que teria mais condições de “ampliar o palanque de Lula e combater o caiadismo com chapa mais competitiva”, explicou.
Diante da indefinição, Manu aponta que a aliança ainda não pode ser oficializada, mas acontece em nível nacional e segue após a finalização da corrida eleitoral. “Se não for possível nas eleições, com certeza vai continuar na rua, na luta pelos direitos dos trabalhadores e construindo, principalmente, a campanha do Lula”.