Segundo presidente nacional da legenda, opção pela permanência venceu, pelo menos por enquanto, porque é importante manter estabilidade e aprovar reformas

Decisão, no entanto, não é unânime: partido segue dividido | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em reunião partidária na última segunda-feira (12/6) o PSDB decidiu que, pelo menos por enquanto, não vai deixar a base do governo Michel Temer (PMDB). Em coletiva, no entanto, o presidente nacional interino da legenda, Tasso Jerissati (PSDB-CE), disse que o cenário político será “avaliado diariamente” e a opção poderá ser repensada futuramente.

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Mesmo com a decisão de permanência na base, a posição dentro do PSDB não é unânime. Dividido, parte da sigla ainda quer a saída do governo por causa das denúncias de corrupção, especialmente depois da divulgação do conteúdo das delações da JBS, que envolvem Temer diretamente.

Outra parte do PSDB, por outro lado, avalia que um desembarque do governo Temer inviabilizaria a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso. Isso porque o partido é um dos maiores dentro da base. Para essa parcela, o mais importante atualmente é manter a estabilidade política para sair da crise econômica.

Estiveram presentes no encontro, além do presidente nacional, várias lideranças partidárias. Entre eles, os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (PSDB), Beto Richa (PR); o prefeito de São Paulo, João Dória; e os quatro ministros de Temer que pertencem à legenda, José Serra (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).