Deputada saiu do PDT após votar a favor da Reforma da Previdência, fato que gerou atrito entre a parlamentar, o partido, Ciro Gomes e o Movimento Acredito

Fora do PDT desde maio do ano passado, após ter aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a deputada federal Tabata Amaral (PSB) disse preferir o presidenciável da antiga sigla dela, Ciro Gomes (PDT), ao invés do ex-presidente Lula (PT), que tende a caminhar na mesma federação partidária com o PSB, partido onde ela está filiada. A defesa da deputada foi feita justamente durante a última edição do Podcast Flow – programa que saiu do ar após o apresentador do Flow Podcast defender a existência de partidos nazistas na legislação eleitoral.  

Questionada se votaria em Ciro Gomes ou no petista, ela disse preferir “Ciro”. O pedetista também é a escolha dela em uma eventual disputa com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Tabata estava num processo de desfiliação do PDT por 19 meses, após ela e sete integrantes da sigla terem votado a favor da Reforma da Previdência, contrariando a orientação do partido. Na época, o presidenciável Ciro Gomes criticou publicamente a então correligionária por estar no PDT e também no Acredito, um movimento de independência dentro de cinco partidos, entre eles o PSB, no qual a parlamentar se filiou no final de setembro.  

O atual partido dela tem como pré-candidato ao governo de São Paulo o ex-governador Márcio França, que é um dos principais articuladores para a indicação do também ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) para a vice-presidência de Lula. Em entrevista para o Jornal Estado de São Paulo, ela chegou a dizer que não vota no PT no primeiro turno, mas num eventual segundo turno votaria, “como fez em 2018”.