Manifestação tem como principal alvo o Projeto de Lei 5069, de autoria do presidente da Câmara, que dificulta o atendimento a vítimas de estupro

Protesto teve concentração na Alego | Foto: Marcelo Gouveia
Protesto teve concentração na Alego | Foto: Marcelo Gouveia

Ocorreu, no fim da tarde desta quarta-feira (4/11), em Goiânia, o primeiro protesto no Estado contra o presidente da Câmara Federal, o deputado peemedebista Eduardo Cunha.

Intitulada “Mulheres contra Cunha”, a manifestação integra uma série de atos feministas que vêm ocorrendo em diversas capitais do País contra a aprovação do Projeto de Lei 5069, de autoria do peemedebista, que dificulta o atendimento a vítimas de estupro.

A Polícia Militar (PM) não acompanhou a manifestação, mas, segundo os organizadores, cerca de mil pessoas, a maioria mulheres, participaram do ato, que teve concentração na sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), no Setor Oeste.

Deputada Adriana Accorsi criticou o presidente da Câmara, em entrevista | Foto: Fernando Leite
Deputada Adriana Accorsi em entrevista | Foto: Fernando Leite

De lá, os manifestantes marcharam para a Praça Cívica, parando por alguns minutos em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo estadual. Devido ao protesto, o trânsito na região ficou lento e só foi normalizado por volta das 19h30. Logo depois, a multidão partiu rumo à Praça Universitária, onde a caminhada chegou ao fim.

Ao lado da filha, a deputada estadual Adriana Accorsi, do PT, também acompanhou a manifestação. Em entrevista ao Jornal Opção Online, a delegada repudiou o projeto de lei de autoria do deputado peemedebista. “As pessoas que escreveram esse projeto, em especial o Eduardo Cunha, estão demonstrando profundo desconhecimento, e é uma vergonha termos um representante do povo com tamanha ignorância”, criticou.

Em discurso às manifestantes, a delegada ainda se ofereceu para servir de porta-voz da militância goiana, mantendo o diálogo com representantes de todas as esferas do poder Legislativo em prol da causa.

Além da contrariedade ao Projeto de Lei 5069, a manifestação também levantou outras bandeiras, como a legalização do aborto no País, o impeachment do presidente da Câmara Federal e o fim da militarização dos colégios públicos estaduais.

Confira as fotos do protesto: