Projeto quer transformar lixo da Ceasa em soluções sustentáveis
02 agosto 2021 às 16h53
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Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), coleta seletiva e usina de biogás são ações que visam ajudar a Central a dar melhor destino a produção diária de 25 toneladas de resíduos sólidos
A Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) tem colocado em prática medidas visando uma melhor gestão dos resíduos sólidos, dos esgotos e uma maior preservação ambiental. A implementação da coleta seletiva de lixo, o tratamento e a reutilização da água do esgoto, por meio da revitalização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) está entre as medidas tomadas pela Central.
O entreposto possui há cerca de 10 anos uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), sendo que o objetivo inicial do projeto foi entregar à Saneago uma água mais limpa, seja para a rede de esgoto, seja para o reaproveitamento na própria empresa. Existe um ideal de reutilização dessa água na própria Central, o que está se tornando possível, por meio da adequação do esgoto tratado na Ceasa aos Indicadores DBO, o que permitiria reaproveitamento da água para limpeza e irrigação. O indicador DBO é observado em laboratório e se refere à quantidade de oxigênio a ser fornecido às bactérias aeróbicas para que estas possam consumir a matéria orgânica presente nos líquidos, seja água ou esgoto.
Lixo orgânico e biogás
Para minimizar e dar início a uma política mais eficaz à destinação correta do lixo, outra ação foi a instalação de pontos estratégicos, os chamados Eco Pontos, nos quais trabalhadores e visitantes podem dar a correta destinação ao lixo reciclável, que é recolhido periodicamente pela central.
Também o lixo orgânico é um dos grandes gargalos da Ceasa Goiás. A adoção de uma política arrojada em relação à questão tem mudado a realidade na empresa. Um exemplo é o que se deu na Rua do Milho e da Mandioca, anteriormente um dos principais problemas da Central. Com o investimento do Governo Estadual, na ordem de R$ 311 mil, o local, que chegou a ser apelidado de “lixão da Ceasa”, está mais limpo, salubre e com aspecto mais aprazível ao comprador. Também o descarte das cascas de pequi, entre outubro e fevereiro, estação da fruta, é uma questão que gera desconforto e gasto para a empresa. O lixo da Ceasa tem custo, tanto com o transporte quanto com o descarte dos resíduos no aterro sanitário de Goiânia.
Uma das soluções encontradas pela administração da Ceasa foi a possível instalação de uma usina de biogás. No mês de junho, o presidente da Ceasa, Lineu Olímpio, a convite do Instituto Nacional de Tecnologia (INTC CO20), visitou a região Sul do Brasil para conhecer projetos de sucesso na instalação de biodigestores, com objetivo da produção de biogás, e gases GNP e GNL. O biodigestor é um equipamento relativamente simples, que, fechado, possibilita a decomposição da matéria orgânica hidratada através da digestão anaeróbica, tendo como resultado, além do biogás, o biofertilizante.
Ainda que houvesse a possível instalação de tal projeto, com biodigestor e usina de transformação gasosa, haveria um excedente de lixo produzido pela Ceasa. Para solucionar a destinação desse montante, a gestão da empresa estuda convênio com a Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), para que os detritos não utilizados no biodigestor se transformem em fertilizantes orgânicos, a partir do processo de compostagem. Já foram realizadas visitas e reuniões com os responsáveis da instituição para dar início a projeto e parceria nesse sentido.