Proposta de Luis Cesar Bueno afirma que economia de energia no período não compensa os sacrifícios impostos à população

Deputado defende retirada de Goiás dos estados em que existe Horário de Verão | Foto: Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
Deputado defende retirada de Goiás dos estados em que é aplicado o horário de verão | Foto: Assembleia Legislativa do Estado de Goiás

Nesta terça-feira (6/12), o deputado estadual Luis Cesar Bueno (PT) apresentou mais um projeto de lei que pretende acabar com o horário de verão em Goiás. De acordo com o parlamentar, a medida — que faz com que todos tenham que adiantar os relógios em uma hora entre outubro e fevereiro — é incabível para o Estado, já que “não gera nenhuma economia de eletricidade”.

“A economia média no consumo de energia no horário de pico, durante a vigência do horário de verão, fica entre 4% e 5%. Cabe, então, questionar se essa economia compensa os enormes sacrifícios impostos à população”, afirma o projeto.

O horário de verão afeta os moradores de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Ele foi adotado pela primeira vez em 1931, mas só passou a ser uma determinação anual em 1985. A abrangência, inicialmente nacional, foi reduzida por diversas vezes até atingir a atual em 2003.

Luis Cesar Bueno tenta levar o debate para nível nacional, se espelhando no que fizeram alguns estados do Nordeste. A Bahia adotou o horário de verão durante o tempo e acabou, depois, voltando a ficar fora da zona afetada pela medida.

O deputado elencou alguns benefícios de acabar com o horário de verão no Estado: “vamos acordar com o dia mais claro, evitar estresse das crianças que estudam cedo e melhorar até no trabalho”, afirmou. Ele lembrou que as consequências que as pessoas enfrentam — sonolência, fadiga, dores de cabeça, falta de concentração e irritabilidade — também não serão mais sentidas.

Outro problema apontado pelo parlamentar foi a questão da segurança. “A falta de segurança, que, já tão grande, aumenta muito nas madrugadas do verão brasileiro. O risco de ser vítima de assalto, roubos e outras espécies de violência é muito grande”, defende o projeto.

A matéria segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e, caso aprovada, segue para o Plenário, onde passa por duas votações.