Projeto quer acabar com horário de verão em Goiás
06 dezembro 2016 às 18h12
COMPARTILHAR
Proposta de Luis Cesar Bueno afirma que economia de energia no período não compensa os sacrifícios impostos à população
Nesta terça-feira (6/12), o deputado estadual Luis Cesar Bueno (PT) apresentou mais um projeto de lei que pretende acabar com o horário de verão em Goiás. De acordo com o parlamentar, a medida — que faz com que todos tenham que adiantar os relógios em uma hora entre outubro e fevereiro — é incabível para o Estado, já que “não gera nenhuma economia de eletricidade”.
“A economia média no consumo de energia no horário de pico, durante a vigência do horário de verão, fica entre 4% e 5%. Cabe, então, questionar se essa economia compensa os enormes sacrifícios impostos à população”, afirma o projeto.
O horário de verão afeta os moradores de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Ele foi adotado pela primeira vez em 1931, mas só passou a ser uma determinação anual em 1985. A abrangência, inicialmente nacional, foi reduzida por diversas vezes até atingir a atual em 2003.
Luis Cesar Bueno tenta levar o debate para nível nacional, se espelhando no que fizeram alguns estados do Nordeste. A Bahia adotou o horário de verão durante o tempo e acabou, depois, voltando a ficar fora da zona afetada pela medida.
O deputado elencou alguns benefícios de acabar com o horário de verão no Estado: “vamos acordar com o dia mais claro, evitar estresse das crianças que estudam cedo e melhorar até no trabalho”, afirmou. Ele lembrou que as consequências que as pessoas enfrentam — sonolência, fadiga, dores de cabeça, falta de concentração e irritabilidade — também não serão mais sentidas.
Outro problema apontado pelo parlamentar foi a questão da segurança. “A falta de segurança, que, já tão grande, aumenta muito nas madrugadas do verão brasileiro. O risco de ser vítima de assalto, roubos e outras espécies de violência é muito grande”, defende o projeto.
A matéria segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e, caso aprovada, segue para o Plenário, onde passa por duas votações.