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Na capital há cerca de 260 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e 230 em internação provisória e definitiva

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O projeto foi implantado em Aparecida de Goiânia há sete anos

O Programa Meu Guri deve ser implantado em Goiânia no próximo mês. Na última sexta-feira (5/9), a juíza Maria Socorro de Sousa Afonso, do juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, apresentou o projeto para representantes da prefeitura, do governo estadual e órgãos ligados à rede de proteção ao adolescente. Segundo a magistrada, o Programa vai proporcionar aos adolescentes em situação de risco (principalmente os já infratores) a oportunidade de reinserção na sociedade.

Segundo Maria Socorro de Sousa, que é a idealizadora do projeto na capital, a ideia é buscar parcerias para tornar viáveis ações voltadas para os adolescentes e seus familiares. “Queremos transformar a realidade dos adolescentes, criando-lhes oportunidades mais justas, buscando a sua efetiva reinserção social”, frisou, ao dizer que, na capital, há cerca de 260 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e 230 em internação provisória e definitiva.

A estratégia consiste em investir na reeducação, por meio de cursos profissionalizantes, fazendo com que eles retornem às escolas e tenham oportunidades de trabalho, para não reincidirem no crime. . Além disso, eles serão inseridos em atividades culturais, de esporte e lazer. “Por isso, a importância dos parceiros. Com cada um fazendo sua parte, aumentamos a atuação da rede de proteção”, pontuou. Os jovens beneficiados com o projeto, juntamente com seus familiares, serão acompanhados e terão orientação educacional, além de apoio psicológico e social

O presidente da Fundação Bancos de Olhos de Goiás, Zander Campos da Silva, elogiou a iniciativa salientou da preocupação que as pessoas devem ter com a responsabilidade social. “Esperamos e queremos contribuir para um mundo melhor”, disse.

O Programa Meu Guri foi lançado no final de  2007, em Aparecida de Goiânia e teve parceiras com a prefeitura da cidade, conselhos tutelares, Organizações Não Governamentais (ONGs) e com o meio empresarial. De acordo com Maria Socorro de Sousa, o nome do projeto faz alusão à canção de Chico Buarque de Holanda, de mesmo nome, que narra a história de uma criança que furtava para ajudar a mãe, sem que ela soubesse, e foi morto em uma de suas empreitadas.